A organização das festas de Mirandela disse hoje que o novo modelo experimentado este ano permitiu segurança, acessibilidades, centralidade e o normal funcionamento da cidade, foi hoje dito em conferência de imprensa.

Neste momento com os jornalistas estiveram elementos da câmara municipal, da junta de freguesia e da confraria de Nossa Senhora do Amparo, que dividiram as responsabilidades.

Como tradição, as festividades começaram a 25 de julho e prolongaram-se até 04 de agosto. A Confraria Nossa Senhora do Amparo costumava ser a principal entidade organizadora, mas está neste momento como Comissão Administrativa, uma vez que não houve candidatos nas últimas eleições, e foi nessa condição que assegurou as festas do ano passado.

Os concertos e os bares que ficavam no Parque Dr. José Gama, conhecido como Zona Verde, mudaram-se para as imediações do santuário, zona remodelada recentemente e onde está estimado que caibam 10 mil pessoas. Manteve-se o outro palco, no Parque Império.

Como principais motivos para a mudança, foram destacadas, em maio, também em conferência de imprensa, questões de segurança, constrangimentos à utilização da praia fluvial da Zona Verde, que perdia a Bandeira Azul no período das festas, a higienização, a disponibilidade de área e os danos provocados na relva do parque da cidade, que acarretavam avultados custos.

Passadas as festividades, hoje foi dia de balanços no concelho do distrito de Bragança.

“Tivemos um baixo nível de ocorrências, graças à intervenção da Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana e bombeiros. Entendemos que este modelo permitia a segurança, a permeabilidade e garantiu que houvesse menos aspetos de conflito”, declarou hoje Orlando Pires, vice-presidente do município de Mirandela.

Orlando Pires partilhou que ficaram com a perceção de que a cidade estava a funcionar dentro da normalidade, com a praia fluvial Arquiteto Albino Mendo na Zona Verde e equipamentos lúdicos e desportivos envolventes a funcionar durante os dias festivos.

Quanto aos custos com a recuperação dos espaços públicos, Orlando Pires referiu que os valores ainda estão a ser apurados mas que já é possível avançar que houve uma redução de despesa, sem ter de recuperar a relva da Zona Verde, onde ficaram este ano só as diversões. Houve ainda menos vandalismo, nomeadamente nas instalações sanitárias, segundo a mesma fonte.

Como pontos a melhorar, foram enumerados a necessidade de mais iluminação pública e festiva e o espetáculo piromusical no espelho de água do rio Tua, na madrugada de domingo, que este ano este teve menos de 20 minutos, quando era esperado “um momento com mais força”.

Este ano, com a introdução dos copos reutilizáveis, foram poupados 280 mil copos de plástico descartáveis, estimou a organização, baseando-se nos 60 mil litros de cerveja que foram vendidos ao longo da festa só nos terrados oficiais.

Para 2025 não foi avançado se este modelo vai ou não permanecer, mas Orlando Pires frisou que é importante decidir o mais cedo possível, uma vez que este ano a organização teve 90 dias para planear as festividades.

“(…) A câmara municipal não exclui, de forma alguma, que possa ser um modelo diferente de organização que a própria confraria possa abrir eleições e surgir uma nova lista ou outro modelo em que a sociedade civil se possa propor. O que queremos é garantir que em 2025 Mirandela tenha festa com dignidade”, referiu Orlando Pires.

Presente, Paulo Carvalho, da Confraria, confrontado com a questão de, em caso de eleição de uma nova lista se voltaria atrás no modelo das festas, disse não ser o momento nem o local certos para falar sobre a possibilidade.

“(…)Haverá eleições. Logo veremos qual será o resultado. Nessa altura depois saberão, quer a comunicação social quer a população, aquilo que vai acontecer”, declarou Paulo Carvalho.

O valor orçado para as festas deste ano era 400 mil euros, mas os custos devem ficar abaixo desse número.

“Neste momento, os dados levam-nos a garantir que o orçamento fica abaixo do que era previsível”, assegurou Orlando Pires.



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