A saída da vice-presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Isabel Ferreira, para assumir o cargo de secretária de Estado da Valorização do Interior é vista com “satisfação e preocupação” pelo presidente da instituição, Orlando Rodrigues.

“É um duplo sentimento. Por um lado, vejo com preocupação a saída de uma pessoa que era uma mais-valia do IPB e uma referência na instituição e, por outro, fico satisfeito por existir reconhecimento nacional pela capacidade de pessoas do instituto e, isso, traduzir-se em posições do mais alto relevo a nível governamental”, disse à Lusa.

Orlando Rodrigues está certo que Isabel Ferreira fará um “grande trabalho a bem de todos” e, principalmente, a bem da coesão do território nacional.

Dizendo ser uma pessoa “muito preparada” e uma investigadora “muito destacada”, o presidente do instituto lembrou que a nova secretária de Estado está no rol dos cientistas mais influentes a nível mundial, tendo uma “grande preocupação” em afirmar a capacidade das instituições e do trabalho que se faz fora de Lisboa e do Porto.

Portanto, acrescentou, essa experiência em fazer ciência fora dos grandes centros, mas em articulação internacional e construindo redes ao ser posta ao serviço da coesão territorial, só pode “dar bons resultados”.

“Certo que resultará muito bem e será um grande contributo para a coesão territorial”, sublinhou.

Isabel Ferreira, de 45 anos, é vice-presidente do IPB e diretora do Centro de Investigação de Montanha e professora coordenadora principal, coordenando o Conselho Científico de Ciências Naturais e do Ambiente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT-Portugal).

A nova secretária de Estado integra também o Conselho Consultivo da Fundação de Ciência - Flanders (FWO-Bélgica) e a Comissão de Peritos de acompanhamento dos programas-quadro europeus H2020 e Horizonte Europa.

Com uma vasta obra (livros e artigos) publicada na área científica, coordena vários projetos de investigação nacionais e internacionais, é avaliadora de projetos de investigação da União Europeia e de fundações científicas estrangeiras, e conta no currículo com a orientação de pós-doutoramentos, doutoramentos e mestrados.



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