Ermelinda Luís, da Trofa, foi em busca da cura para as suas pernas inchadas, José Silva, do Porto, procurava remédio para as más disposições estomacais diárias e um homem de Carrazeda de Ansiães, que não quis ser identificado, quis «confirmar» com uma cartomante o que alguns exames médicos já lhe tinham revelado uma doença «preocupante».
Ermelinda, José e o indivíduo de Carrazeda eram apenas três das centenas de forasteiros que, ontem à tarde, se deslocaram ao Congresso de Medicina Popular, o último e mais concorrido dos quatros dias que dura o evento.
Praticamente ausente no encerramento esteve aquele que é um dos chamarizes do certame e pai da ideia o padre Fontes, que, depois de uma má disposição enquanto celebrava a missa, se recolheu para descansar.
No meio de dezenas de curandeiros, Ermelinda e José acabaram por bater à mesma porta. Uma barraquinha que dava nas vistas pela rudimentar decoração relativamente aos restantes stands.
Auto-intitulado naturalista, Agustín, um idoso de Zamora, pequenos tubos de pomada, frasquinhos com um \"misterioso\" líquido e vários chás. Mas Augustín dava também conselhos. \"Se o médico te mandar tomar anti-inflamatórios não os tomes. Fecha o bico a isso!\", dizia.