Os pais das crianças da escola primária de Cachão, em Mirandela, boicotaram no passado dia 6 de Fevereiro, as aulas em protesto contra os atrasos de obras no estabelecimento de ensino que estão a condicionar as actividades lectiva e complementares.
O presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, assume as responsabilidades da autarquia nos atrasos e promete que as obras vão estar prontas depois da Páscoa.
Esta escola, com cerca de 30 alunos, é a que tem o maior número de crianças entre os estabelecimentos rurais do concelho de Mirandela.
O edifício começou a ser intervencionado, no início do ano lectivo, e as obras deviam estar prontas no Natal, de acordo com os prazos iniciais.
As crianças, continuam no entanto a ter aulas em duas salas noutras instalações, que obrigam a dividir as turmas pelos períodos da manhã e tarde, segundo disse à agência Lusa Pedro Fonseca, representante dos encarregados de educação, é também eleito da CDU na assembleia de freguesia de Frechas, de que é anexa a aldeia do Cachão.
Segundo disse, a falta de espaço impede também as crianças de terem actividades complementares, que funcionam em outras escolas do concelho.
O presidente da autarquia refutou esta acusação, garantindo que as crianças do Cachão têm possibilidade de frequentar Inglês e Educação Física, deslocando-se à sede de concelho.
Não têm, porém, todas as actividades complementares que a autarquia oferece noutras escolas do concelho, nomeadamente expressão teatral e música.
José Silvano admitiu à agência lusa, que \"os atrasos são da responsabilidade dos serviços técnicos da Câmara\", que decidiu fazer adaptações aos projectos iniciais da intervenção na antiga escola primária.
De acordo com o autarca, apesar de ser uma das escolas rurais com mais crianças, dentro de dois anos deverá ficar sem alunos.
A ideia da autarquia é adaptar já o edifício para outras utilizações, nomeadamente para actividades recreativas e sociais.
Depois do atraso de dois meses nas obras, se as crianças não regressarem das férias da Páscoa para a escola remodelada, os pais prometem novos protestos.
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