Os Bombeiros da Cruz Branca de Vila Real estão, desde a semana passada, a receber o apoio de um psicólogo, que está a ensiná-los a lidar melhor com situações delicadas inerentes ao seu trabalho, evitando choques emocionais e casos de stress pós-traumático.

Os Bombeiros da Cruz Branca de Vila Real estão, desde a semana passada, a receber o apoio de um psicólogo, que está a ensiná-los a lidar melhor com situações delicadas inerentes ao seu trabalho, evitando choques emocionais e casos de stress pós-traumático.

A primeira acção de formação nesta área aconteceu no passado dia 2, o mesmo dia em que um violento acidente no IP4, na zona do Alto de Espinho, provocou a morte de cinco jovens militares, com uma média de idades na casa dos 20 anos. São situações como esta que podem vir a ter consequências futuras nos soldados da paz.

O problema começa logo com a ansiedade do que vão encontrar, passando pela preocupação de prestar um socorro eficaz, e estende-se depois ao choque vivido na hora: muitas vezes cenários dramáticos do ponto de vista humano, que voltam a surgir durante muito tempo e de forma intensa na memória destes homens.

Além disso, há ainda, por exemplo, casos de irritabilidade e cansaço que surgem no combate aos fogos florestais. No entanto, o problema não tem merecido atenção por parte das entidades responsáveis, pois os voluntários não recebem preparação psicológica durante a sua formação. Uma situação que a Cruz Branca de Vila Real pretende agora alterar.

Para já, são 12 os formandos do curso de socorrismo que estão a receber formação, a cargo de um psicólogo, para lidar melhor com possíveis choques emocionais e evitar o stress. Mas o objectivo é alargar a iniciativa a toda a corporação, ficando, além disso, o psicólogo disponível para atender em particular qualquer bombeiro que tenha necessidade disso.



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