O auto de consignação relativo à primeira fase de construção do novo mercado municipal de Bragança foi esta semana assinado, no próprio local onde o edifício vai nascer, junto à Câmara Municipal, estando já no terreno os trabalhos ao nível das fundações.
O edifício de três pisos, com uma área de construção de cerca de oito mil metros quadrados, é um dos dez projectos em desenvolvimento no país sob o novo conceito de mercado, possível de definir como um "mix comercial", devendo ser este o primeiro a ficar concluído.
Como explicou Ramos Rocha, presidente da Sociedade Instaladora de Mercados Abastecedores, com a qual a Câmara Municipal de Bragança tem um protocolo para a concretização do empreendimento, o objectivo deste projecto, à luz deste "novo conceito", é, por um lado, responder à necessidade de "requalificação urbana", e, por outro, encontrar "novas valências" para uma estrutura tradicional como o mercado municipal, com a aplicação, inclusivamente, do conceito de "marketing" e outras técnicas normalmente aplicadas aos chamados "centros comerciais", que conferem ao equipamento um "melhor ambiente e uma maior atractibilidade".
Incluído no edifício deverá ficar, precisamente, um centro comercial, com acesso exterior independente. Na parte exterior do edifício estão também previstos terraços cobertos destinados ao mercado de produtores e a actividades sócio-culturais.
As potencialidades do novo mercado vêm servir, considera o presidente da Câmara Municipal, Jorge Nunes, a "promoção económica da nossa agricultura", para além de servir melhor os consumidores.
Segundo o autarca, as obras deverão estar concluídas até Agosto do próximo ano, altura em que deverão arrancar, no âmbito do Polis, a construção do parque de estacionamento subterrâneo previsto para o local e uma praça lúdica.
Para esta zona, onde se encontram já outros edifícios públicos de referência, como a PSP, a própria Câmara Municipal e o novo edifício do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social, está também previsto um reordenamento do espaço urbano, para o que poderá vir a contribuir o arquitecto Siza Vieira, já contactado pela autarquia nesse sentido.
