As novas tecnologias vão facilitar o acesso dos utentes do Distrito de Bragança aos cuidados de saúde, evitando deslocações de dezenas de quilómetros, graças a uma parceria com os vizinhos espanhóis, anunciou ontem fonte ligada ao projecto.
De acordo com a sub-região de saúde de Bragança, até meados deste ano, este distrito será o primeiro do país a ter as suas unidades de saúde totalmente ligadas por uma rede de telemedicina, que facilitará o acesso dos utentes aos cuidados de saúde, evitando deslocações.
A ideia foi lançada há oito anos pela ministra da Saúde socialista Maria de Belém Roseira, mas só agora ganhará forma no âmbito de um projecto ibérico, que prevê a instalação do mesmo serviço na província espanhola de Castela e Leão.
O projecto, co-financiado pelo programa europeu de apoio ao desenvolvimento das regiões fronteiriças Interreg, prevê, no lado português, a instalação de um sistema de vídeo-conferência nos 12 centros de saúde e nos três hospitais distritais, que passarão a funcionar em rede, com recurso às tecnologias de informação e comunicação.
Além deste sistema, está também prevista a instalação de equipamento de produção e digitalização de radiografias em seis centros de saúde e câmaras digitais de dermatologia na totalidade dos centros de saúde.
Em paralelo, será também criado um sistema de informação que permitirá a cada interveniente o acesso à totalidade das imagens armazenadas bem como à informação administrativa e clínica associadas a cada utente.
Segundo fonte da sub-região de saúde de Bragança, a rede estará a funcionar em pleno \"até ao final do primeiro semestre do ano em curso\".
Com este equipamento, um utente do concelho mais distante da região, por exemplo de Freixo de Espada à Cinta, deixará de ter de se deslocar dezenas de quilómetros até ao hospital distrital mais próximo, no caso Mirandela, para fazer uma radiografia ou um diagnóstico especializado.
Os serviços que a telemedicina irá disponibilizar só existem actualmente nos hospitais distritais da região ou mesmo nos hospitais centrais, ainda segundo a administração regional de saúde, que classifica o projecto de \"inovador a nível nacional e internacional\".