O ex-vice-presidente da Câmara de Murça assume em dezembro a direção do Parque Natural Regional do Vale do Tua (PNRVT) para ajudar a consolidar e acrescentar algo novo a este território que abrange cinco municípios.

“O vale do Tua tem uma imagem e uma notoriedade que tem um valor acrescentado para a região e até para o país. O desafio passa sempre por consolidar o produto que nós temos, de imagem já construída, e acrescentar algo novo”, afirmou hoje à agência Lusa António Marques.

O novo diretor do PNRVT, que se estende pelos municípios de Alijó e Murça, distrito de Vila Real, e Mirandela, Carrazeda de Ansiães e Vila Flor, distrito de Bragança, disse que que terá “imenso gosto em assumir [o cargo], consciente dos enormes desafios” que terá pela frente.

“Sendo certo que, procuraremos valorizar os ativos que o PNRVT criou, consolidar outros e lançar novos”, salientou.

António Marques vai substituir Artur Cascarejo, que esteve na direção do parque desde a sua criação há 11 anos e deixou o cargo em setembro.

António Luís Marques pediu a suspensão de mandato na Câmara de Murça em agosto de 2023, depois de ter sido eleito pelo PSD em 2017 e 2021, é mestre em marketing turístico e, atualmente, desempenha funções no departamento de políticas públicas e projetos intermunicipais na Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM DOURO).

O PNRVT faz parte da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT), com características de utilidade pública, responsável por desenvolver um conjunto de iniciativas capazes de valorizar os recursos do território e de aproveitar as oportunidades criadas pelo Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua (AHFT).

O parque foi criado em 2013, precisamente como uma das contrapartidas da construção da barragem de Foz-Tua.

“Temos que olhar para este território do ponto de vista da sua proteção, preservação, biodiversidade, mas também do ponto de vista económico e como é que o conseguimos fazer, que atividades conseguimos trazer, sustentáveis e enquadradas com o território e o nosso perfil, mas que tragam valor para as pessoas que aqui vivem”, referiu ainda.

Sobre as atividades do parque e da agência, que se querem reforçar e desenvolver, referiu que “os objetivos estão bem definidos, aliás, consagrados na génese da sua criação, que assenta claramente no desenvolvimento do território, a criação de riqueza, fixação de pessoas e capacitação, a conservação da biodiversidade e valorização económica dos produtos e recursos de base local”.

“Nada que não se conheça, mas que tem espaço para crescer”, frisou.

Entre essas atividades estão a promoção de projetos estruturantes para o vale do Tua, fomentar e coordenar ações de natureza económica, social, cultural e ambiental, decorrentes da Declaração de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua, atuar na criação de emprego e riqueza através do incentivo a novos projetos económicos (apoio de proximidade ao empreendedorismo regional), atrair investimento externo, valorizar os recursos locais direcionados ao turismo (turismo da natureza, cultural, gastronomia e vinhos, náutico e de saúde e bem-estar).

Integram o conselho de administração do PNRVT os presidentes dos cinco municípios do vale do Tua (Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Murça e Vila Flor) e ainda a Movhera, a atual detentora da exploração da barragem de Foz-Tua.

Na presidência da ADRVT está atualmente o presidente da Câmara Municipal de Alijó, José Paredes.



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