Onze miradouros e cinco caminhos durienses receberam um investimento de 770 mil euros, criando uma rota que tornará mais fácil conhecer alguns dos locais mais emblemáticos do Douro Património Mundial. No entanto, ainda nenhuma entidade assumiu a gestão da manutenção e promoção dos espaços.

A iniciativa, anunciada em Dezembro de 2006 pela Associação de Municípios do Vale do Douro Norte (AMVDN), está na fase de colocação de sinalética no terreno e tem o objectivo final, segundo disse o administrador delegado da AMVDN, Paulo Noronha, de \\"aumentar a oferta turística do Douro\\".

Foram intervencionados cinco caminhos, num total de 25 quilómetros, que poderão ser percorridos a pé, designadamente Barcos-Quinta do Monte Travesso e Barcos - Adorigo (concelho de Tabuaço), Provesende - Pinhão (concelhos de Sabrosa - Alijó), São Martinho de Anta - Garganta (Sabrosa) e Mazes - Rio do Santo (Lamego).

Os miradouros que sofrerem intervenções foram os de São Domingos (Armamar), Santa da Piedade e Casal de Loivos (Alijó), Santo António e São Leonardo da Galafura (Peso da Régua), Rota do Douro (Carrazeda de Ansiães), São Silvestre (Mesão Frio), São Salvador do Mundo e Senhora das Neves (São João da Pesqueira), Cristo Rei (Tarouca) e Boa Vista (Lamego).

Paulo Noronha explicou que a intervenção consistiu na limpeza dos caminhos e miradouros, arranjos em alguns miradouros, colocação de mobiliário urbano, como mesas e bancos, iluminação e colocação de sinalética igual, um processo que está a ser ultimado e que aguarda homologação da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP).

Até ao momento a única informação existente sobre os caminhos e miradouros durienses está disponível num blog na Internet criado por um dos técnicos envolvidos no projecto (miradourosdurienses.blogspot.com)

Numa segunda fase do projecto, pretendia-se promover a animação dos espaços e agregá-los a outros caminhos e miradouros, de forma a criar uma \\"grande rota\\" do Douro, que poderia estar subdividida por áreas temáticas, como a vinha, o rio, o azeite.

O projecto está incluído no Plano de Desenvolvimento Turístico do Douro e, segundo Paulo Noronha, a concretização da segunda fase talvez possa contar com financiamento do Programa Operacional Regional Norte.

Um dos cenários possíveis, segundo o responsável, é que a Associação Intermunicipal dos Municípios da NUT III Douro, que está em fase de criação, assuma a manutenção dos miradouros e caminhos e a Estrutura de Missão do Douro promova a sua animação.



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