O PCP questionou o Governo sobre a “grave situação de indefinição” na nomeação do conselho de administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), que está também sem direção clínica desde agosto de 2022.

O grupo parlamentar do PCP questionou o Governo, através do Ministério da Saúde, e numa pergunta entregue na Assembleia da República divulgada hoje, quer saber até quando se irá manter “esta grave situação de indefinição” quanto à nomeação do conselho de administração do CHTMAD, que tem sede social em Vila Real.

A administração do CHTMAD, que agrega os hospitais de Chaves e Lamego e a unidade de cuidados paliativos em Vila Pouca de Aguiar, terminou o mandato já em dezembro de 2021 e, no início deste ano, a presidente do órgão, Rita Castanheira, pediu a renúncia do cargo que ocupava desde julho de 2019.

O PCP destacou como “particularmente grave” o facto de o CHTMAD “não ter a presença de um diretor clínico desde agosto de 2022”, considerando que esta situação “prejudica seriamente a gestão do centro hospitalar, com especial relevância na área clínica”.

Prejudica também, segundo os comunistas, “toda a discussão sobre a reestruturação da organização e gestão dos cuidados de saúde primários e hospitalares na área de influência do CHTMAD”, bem como “os concursos de colocação dos médicos recém-especialistas”.

A 07 de março, o Ministério da Saúde confirmou a renúncia da presidente do conselho de administração do CHTMAD, referindo, na altura, que esta se manteria em funções até 30 março.

O ministério de Manuel Pizarro disse ainda à agência Lusa, nesse dia, que o “processo da nomeação da nova administração está a decorrer”, sem adiantar datas para o efeito.

Já a 28 de abril, depois de uma conferência de imprensa do Conselho Sub-regional de Vila Real da Ordem dos Médicos, a tutela reiterou que o “processo de nomeação dos órgãos de gestão do CHTMAD está em curso e segue os trâmites previstos na legislação aplicável”.

“A constituição dos órgãos será comunicada logo que a nomeação ocorra”, informou ainda.

Na altura, o presidente da Ordem dos Médicos de Vila Real, Fernando Salvador, considerou que se “começa a chegar a um limite insustentável” e disse não entender o motivo “desta demora” em nomear novos órgãos de gestão.

“Esperamos que a não seja a localização interior do CHTMAD e a sua distância dos grandes centros decisórios que esteja a dificultar esta mesma nomeação e esperamos que algumas disputas políticas ou alguns problemas políticos também não contribuam para esta ausência de decisão, porque todos estes cargos devem ser pelas competências clínicas, científicas e pelo trabalho desempenhado”, afirmou Fernando Salvador.

O conselho de administração mantém-se em funções com três elementos, em vez de cinco.



PARTILHAR:

Governo autoriza 1,2ME para adaptar edifício escolar em posto da GNR de Murça

Campelos nega falta de motivação e quer terceira vitória consecutiva na I Liga