O jornalista Pedro Garcias, primeiro candidato assumido à Direcção da Casa do Douro, acredita que o organismo está «próximo do abismo» e quer recentrar o seu trabalho na defesa dos viticultores.

\"A Casa do Douro tem de ser uma associação de viticultores, não uma empresa de compra e venda de vinhos\", defende o jornalista, também viticultor, que anunciou à Lusa a sua candidatura à direcção da instituição, que reúne 35 mil viticultores.

Pedro Garcias, 44 anos, nasceu em Alijó, reside em Vila Real e possui vinhas em Vila Nova de Foz CÎa, actividade que concilia com o trabalho no jornal \"Público\". Depois de 19 anos de jornalismo, de escrever e denunciar \"situações más\" sobre a região do Douro, diz que se sentiu \"também na obrigação de intervir\". \"Não tinha o direito de ficar passivamente a assistir ao fim da Casa do Douro por birras de pessoas, dívidas acumuladas e guerrilhas institucionais\".

Pedro Garcias quer agregar à sua volta uma equipa de pessoas novas, apartidária e que não estejam ligadas à actual gestão da instituição duriense, de forma a \"criar uma nova dinâmica\".

A prioridade desta equipa será o \"saneamento financeiro\" do organismo, que actualmente possui uma dívida de cerca de 100 milhões de euros.



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