Foram hoje remetidas à Assembleia da República e ao Senhor Primeiro-Ministro duas petições requerendo o adiamento da abertura das creches e do ensino pré-escolar.

Ainda que autónomas inicialmente e propondo prazos de abertura (uma propondo o encerramento até ao próximo ano lectivo e outra que a abertura seja só equacionada após um período de 4 contágios – 2 meses – e conforme a evolução da pandemia), o facto do objectivo principal de ambas ser a não abertura imediata de creches, ATL’s e pré-escolar, conforme anunciado pelo Senhor Primeiro- Ministro, deu lugar a uma união de esforços.

Uma das petições teve origem numa crónica publicada no nosso jornal regional de Trás-os-Montes, Diário de Trás-os-Montes

Com um total de 22.260 assinaturas, as petições baseiam-se na incapacidade de crianças dos 0 aos 5 anos conseguirem estabelecer o mínimo de medidas de segurança, como é natural pelo estádio de desenvolvimento, o que se traduziria numa probabilidade enorme de contração da COVID-19, assim como de transmissão para familiares e profissionais de educação.

Por outro lado, não vinga o argumento da comparação com outros países em que as creches foram dos estabelecimentos incluídos nas primeiras medidas de afrouxamento, pelas diferenças legais de rácio de crianças/adulto nos estabelecimentos, salas de isolamento de doentes ou impossibilidade de criação de “espaços limpos e sujos” separados.

Existem ainda IPSS’s em Portugal com creche e lares de terceira idade num mesmo edifício, o que se revela como um altíssimo risco de propagação.

Pela segurança das nossas crianças, pela manutenção do já chamado “milagre português” no control do vírus e para que não tenha de haver retrocessos nas medidas de retoma possível da normalidade, com consequências nefastas a nível de saúde e económicas.

AS



PARTILHAR:

Politécnico de Bragança já tem certificação para testes Covid-19

Câmara atribui apoio financeiro de 32.500 euros à Misericórdia