O presidente da Câmara de Bragança disse hoje esperar uma eventual reposição da ligação aérea entre Trás-os-Montes e Lisboa com menos voos do que aqueles que estavam a ser efetuados até ser suspensa há um ano e meio.
O social-democrata Hernâni Dias falava à Lusa sobre as perspetivas relativamente à carreira aérea, afirmando que continua "a acreditar que ela vai ser reposta" e que espera venha a acontecer "dentro de pouco tempo, sendo que o modelo ou a forma de operar não será eventualmente o mesmo".
"Poderá ter de haver aqui uma redução ao nível do número de viagens que eram feitas por dia, mas tenho essa convicção plena que nós voltaremos a ter ligação aérea", afirmou.
Questionado se a afirmação resultava de alguma informação obtida junto do Governo, o presidente da Câmara referiu que "ninguém lhe colocou essa possibilidade".
"Estou eu a pensar", declarou, acrescentando não ter "informação absolutamente nenhuma sobre essa matéria" e que "está tudo igual".
A carreira aérea Bragança-Vila Real-Lisboa funcionou regularmente desde 1997 financiada anualmente com ajudas diretas comunitárias de 2,5 milhões de euros às operadoras.
A região tinha, de segunda a sexta-feira, dois voos diários em cada sentido.
Em novembro de 2012, o Governo decidiu suspender a ligação alegando que a União Europeia não autorizava mais este tipo de ajuda.
O executivo anunciou depois que pretendia financiar o serviço com um subsídio a residentes e estudantes, que seriam reembolsados depois da aquisição do bilhete.
A proposta foi posta de parte com o argumento de estarem em preparação novas regras da União Europeia para as ajudas de Estado.
A Comissão Europeia aprovou, em fevereiro, os novos critérios que privilegiam os pequenos aeroportos regionais com menos passageiros.
Poucos dias depois, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, garantiu que o Governo está empenhado em retomar a ligação aérea e que tudo fará para que aconteça "no mais curto espaço de tempo possível".