O Município de Chaves tem em marcha uma petição pública online para «lutar» pela criação de uma Unidade Local de Saúde do Alto Tâmega, avançou hoje, quarta-feira, à Lusa o presidente da Câmara, João Batista.

A ideia de elaborar uma petição pública online surgiu, segundo o autarca, pelo facto de a Unidade Hospitalar de Chaves «viver uma situação preocupante por causa da redução drástica do número de médicos em especialidades fundamentais».

Aliás, acrescentou, «os documentos oficiais do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto», no qual o Hospital de Chaves foi integrado, «demonstram que a Unidade de Chaves foi a única a perder funcionários desde 2007».

Aprovada em assembleia municipal, a petição conta com cerca de 260 assinaturas e tem como principal objectivo \"alargar a discussão pública sobre a debilidade em que se encontra a Unidade Hospitalar de Chaves\".

Segundo João Batista, o conselho de administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro já \"não tem capacidade para reverter esta situação\", pelo que \"uma das soluções poderia passar pela criação de uma Unidade Local de Saúde\".

Para além disso, disse, o que está em causa \"é a defesa dos direitos dos cidadãos que precisam de se sentir mais seguros na prestação de cuidados de saúde\".

Partilhando da opinião do autarca, o deputado do PSD António Cabeleira enviou um requerimento ao Governo questionando se \"o Ministério da Saúde está disponível, como prometeu, para reforçar o número de médicos na Unidade Hospitalar de Chaves\".

O parlamentar acrescenta que, neste momento, \"os médicos da Unidade Hospitalar de Chaves estão a trabalhar para além do limite razoável\".

Considerando a situação \"preocupante\", o deputado do PSD pretende ainda que o Ministério da Saúde esclareça se \"está disponível para criar a Unidade Local de Saúde do Alto Tâmega ou assiste à transformação da Unidade Hospitalar de Chaves numa mega Unidade de Cuidados Continuados\".

Contactado pela Lusa, o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, Carlos Vaz, recusou-se a prestar qualquer declaração.



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