A região de Trás-os-Montes e Alto Douro, viu aparentemente «engordar» o Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para 2007. Uma situação, que na opinião da oposição social democrata, é apenas «ilusória e até aldrabada».
Se, este ano, Bragança e Vila Real tiveram direito, no conjunto, a 120,4 milhões de euros de investimento, para 2007 esse valor subiu para 135, 7 milhões. Ou seja 70,1 milhões para Vila Real e 65,6 para Bragança.
No entanto, Ricardo Martins, deputado do PSD, eleito por Vila Real, faz outras contas a este \"aumento artificial. \"Se a este bolo , retirarmos as verbas referentes ao Ministério da Agricultura, o valor desce mais de 26 milhões de euros só em fundos comunitários ainda não garantidos. Mesmo se contarmos o valor global de 70 milhões este investimento só têm paralelo em 1998\", refere. \"O investimento do Estado propriamente dito (capítulo 50) diminuiu de 24, 2 milhões para 20,8 milhões de euros. Ou seja, na realidade, o Estado desinveste 3,4 milhões de euros\", diz.
A maior fatia de Vila Real vai para o concelho de Valpaços 5,2 milhões de euros para uma variante que ligará o município à EN 213 e ao IP4. Uma verba superior à da capital de distrito. Vila Real receberá, no total, apenas 4,9 milhões de euros. Ricardo Martins não tem dúvidas que este \" não é o instrumento de coesão territorial e social que se impunha e e se exigia ao Estado \".
Também em Bragança, no que toca aos financiamentos directos do Estado (cerca de 18 milhões de euros) verifica-se uma quebra acentuada de menos seis milhões de euros, em 2006 o montante chegou quase aos 25 milhões de euros. Para Adão Silva, deputado do PSD, o PIDDAC do distrito em 2006 representava 1,26% do nacional e em 2007 representa 1,08%, \"o que agrava as assimetrias\" disse o deputado. O concelho que recebe mais é o de Bragança (cerca de 15 milhões de euros) e o de Freixo de Espada à Cinta (quatro milhões de euros), Miranda do Douro fica-se pelos 84 mil euros e Vinhais por 85 mil.