As eleições presidenciais vão ser repetidas terça-feira no Pinhão, concelho de Alijó, na sequência do alegado roubo dos cadernos eleitorais e do protesto da população ocorridos hoje, disse fonte do Governo Civil de Vila Real.
Segundo a fonte contactada pela Lusa, a mesa de voto do Pinhão, instalada na Casa do Povo, não abriu às 8h00 devido ao desaparecimento dos cadernos eleitorais.
A GNR compareceu no local para tomar conta da ocorrência.
Depois do desaparecimento dos cadernos eleitorais, dezenas de pessoas concentraram-se junto à entrada na porta da Caso do Povo local para impedir o acto eleitoral.
Os habitantes colocaram cartazes neste local onde se podia ler: \"Não queremos ser só uma colónia de férias. Também somos portugueses\" e \"O que tivemos e o que foi tirado: comboios, correios e GNR. Entreguem-nos a Espanha\".
No Pinhão estão inscritos 870 eleitores.
Nesta vila circularam, durante os dias que antecederam as eleições, panfletos que apelavam à abstenção como forma de protesto contra o modo como o Pinhão está ser \"tratado\".
Depois da retirada de efectivos da GNR, do corte de alguns horários de comboios por parte da CP e do encerramento da ponte para obras que está previsto demorarem cerca de três meses, a população queixa-se agora da transferência dos dois carteiros do posto local para a estação dos CTT de Alijó, a sede do concelho.
Hoje mesmo a população pediu uma audiência para expor as suas preocupações ao governador civil de Vila Real, que já aceitou receber uma comissão amanhã à tarde.