Os elementos do PSD que fazem parte da Assembleia de Freguesia (AF) da Junta de Valpaços votaram contra o Plano de Actividades para este ano.

Em declarações ao Semanário TRANSMONTANO, um desses elementos, Abel Ribeiro, justificou a decisão pelo facto do documento apresentado pelos socialistas ser "irrealista" pois, no seu entender, a "Junta não terá capacidade para concretizar uma pequena parte desse plano" . Isto porque assegura que o documento inclui as obras que constavam dos programas eleitorais do PSD e do PS. "Engloba tudo. As que estavam no nosso e no deles", resume Abel Ribeiro.

Além disso, segundo este deputado da AF de Valpaços, as obras apresentadas no Plano de Actividades da Junta, que são da responsabilidade da Câmara Municipal, nem sequer constam do plano de actividades da autarquia, que já foi aprovado. Por isso, Abel Ribeiro questiona: "como é que queriam que aprovássemos um plano com obras que, na realidade, não fazem parte do plano de actividades da Câmara?"

Por sua vez, o presidente da Junta de Valpaços, José Mimoso, embora reconheça que muitas das obras que estão consignadas no plano não vão ser concretizadas e outras sejam da responsabilidade da autarquia, entende que "elas têm que lá estar".

Além disso, José Mimoso lembra ainda que "estranha" a reacção do PSD, pois, este, "sistematicamente", aprova os planos de actividades da Câmara Municipal, "onde as obras aparecem consignadas anos a fio sem serem realizadas".

Em relação a investimentos que são da competência da Câmara, mas que estão inseridos no documento, nomeadamente a construção de uma capela mortuária ou de um canil, o presidente da freguesia argumenta que a sua inclusão no plano apresentado tem a ver com o facto de serem obras pelas quais a junta irá fazer "todas as diligências necessárias" no sentido de as ver concretizadas.

Além de contestarem o conteúdo do Plano de Actividades, os elementos do PSD insurgiram-se também contra o facto do documento ter sido apresentado à AF "no momento", impossibilitando uma "análise atenta". E, por isso, exigiram a marcação de uma sessão extraordinária para a discussão do documento. O que veio a acontecer.

Porém, o presidente da junta alega que o atraso na entrega do plano foi motivada pelo facto do técnico da empresa responsável pelo elaboração do orçamento da Junta ter estado ausente durante algum tempo. "Aguardámos para enviar os documentos em conjunto", justificou.



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22 e 29 de Junho

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