A empresa intermunicipal Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro (ATMAD) está disponível para ajudar a Câmara de Bragança na elaboração de um plano de contingência a fim de evitar ruptura no abastecimento de água à cidade, que deverá passar por estudar soluções alternativas.
As reservas actuais só permitem o abastecimento durante mais 40 dias, revelou a Autarquia, uma vez que a barragem da serra Serrada está a 10% da sua capacidade, contando já com os actuais sistemas complementares. Alexandre Chaves disse, ao JN, que está disposto a reunir-se com a Câmara de Bragança e com o Governo Civil para encontrar alternativas imediatas, uma vez que as reservas da albufeira \"estão no fim\".
\"O clima tem sido seco, não se sabe por mais quanto tempo vai continuar assim, pelo que já é altura de pensar em alternativas viáveis para fazer face a uma hipotética ruptura\", explicou.
A gestão do abastecimento de água ainda está nas mãos do município, mas Alexandre Chaves não esquece que a ATMAD tem o compromisso com Bragança de garantir água em quantidade e qualidade, o que, no seu entender, só será possível com a construção de uma nova captação em Veiguinhas (Montesinho).
No entanto, o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) já chumbou duas vezes o Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Alexandre Chaves vai insistir em Veiguinhas, \"porque teria capacidade para abastecer Bragança, o concelho e algumas localidades de Vinhais\". No início do mês, adjudicou a uma empresa o terceiro EIA. Alexandre Chaves culpa o ICNB pela falta de água, diz que aquele organismo \"é o único responsável\".
A Câmara de Macedo de Cavaleiros já fez saber que poderá contribuir com fornecimento a Bragança, a partir da albufeira do Azibo, que tem bons níveis de reserva, a título de emergência e para acautelar a ruptura.