O primeiro-ministro Pedro Santana Lopes afirmou, ontem, em Bragança, que a decisão sobre o encerramento de algumas maternidades no país, «também é uma decisão política». A posição tomada pelo primeiro-ministro contradiz as declarações feitas no dia anterior pelo ministro da Saúde, que havia referido que a decisão iria ser feita com base em dados clínicos.

O ministro da Saúde afirmou que o estudo realizado concluía que muitas maternidades do país fazem menos de dois partos por dia, o que \"é um travão à qualidade\", sublinhou Luís Filipe Pereira.

O governante acrescentou que a baixa mortalidade infantil também se ficou a dever ao facto de, há dez anos, ter sido tomada \"uma decisão difícil\" de encerrar 150 locais de nascimento \"por não terem condições\".

O chefe do Governo referiu que o assunto está em estudo, pois tem de ser feita uma apreciação rigorosa. \"Há critérios importantes, para além dos económicos, que têm de ser tidos em conta, como os clínicos e políticos\". Santana garantiu, ainda, \"uma decisão com seriedade. Daí, ter acrescentado que a resolução terá em linha de conta as distâncias entre os vários concelhos e os locais onde ficarão a funcionar as maternidades. No entanto, realçou: \"Há maternidades que fazem poucos nascimentos\".

O eventual encerramento de uma das duas maternidades do distrito de Bragança (Mirandela e Bragança) tem dado origem a acesas polémicas na região.



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