O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) quer pôr a comunidade académica a pedalar, disponibilizando, a partir de janeiro, de 100 bicicletas elétricas, nas quais foram investidos mais de 241 mil euros, foi hoje divulgado.

O Politécnico de Bragança é o responsável pelo "IPBike" e será o primeiro a avançar com este projeto coordenado pelo Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT) e que envolve 15 instituições de Ensino Superior portuguesas, pelas quais serão distribuídas três mil bicicletas (duas mil elétricas e mil convencionais), num investimento global de seis milhões de euros.

A partir de janeiro, estudantes e todos os funcionários e colaboradores do IPB podem alugar, por um período de seis meses a um ano, uma destas bicicletas, com o compromisso de deixaram o veículo motorizado em casa e de fazerem o número de quilómetros que hão de contratar, já que um dos propósito do projeto é contribuir para o meio ambiente, como explicou o responsável local pelo mesmo, Vicente Leite.

"O IPB comprometeu-se a substituir um determinado número de quilómetros em transportes motorizados pelas bicicletas e os utilizadores assumem parte da responsabilidade deste objetivo", explicou.

A cedência das bicicletas será gratuita, cabendo ao utilizador suportar apenas um custo mensal de 20 euros para manutenção e seguro obrigatório, além de uma caução.

Junto às entradas dos edifícios do campus académico existirão "perto de 40 pontos de amarração" para deixar os veículos.

"Pôr a academia a pedalar", em Bragança, implicou um investimento de mais de 241 mil euros, financiados em 85% por fundos comunitários e com uma comparticipação da Câmara de Bragança no valor de 15 mil euros.

O presidente do município, Hernâni Dias, explicou hoje, na apresentação das novas bicicletas à academia, que decidiu "imediatamente" integrar este projeto porque complementa e vai ao encontro das políticas locais de mobilidade e preservação ambiental.

Bragança já disponibiliza, a quem quiser passear durante algumas horas pela cidade, o aluguer de 20 bicicletas elétricas (as Xispas) que "já tiveram mais de 40 mil horas de utilização".

A autarquia tem também prevista a construção de 22 novos quilómetros de ciclovias na cidade, a juntar aos oito já existentes, nomeadamente em torno do campus do politécnico.

O presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, sublinhou o "exemplo e sensibilização que [a instituição] quer dar aos jovens do valor que deve ter o ambiente", além de pretender demonstrar que, "mesmo com muito frio, as pessoas andam de bicicleta, em Bragança".

A sessão de apresentação do "IPBike" contou também com conselhos da PSP de Bragança aos futuros utilizadores destas bicicletas elétricas, ao nível da partilha da via e do espaço público com peões e veículos motorizados.

Ficou também a garantia do comissário Pereira de que a Polícia de Bragança "raramente regista acidentes em que tenham sido intervenientes condutores de velocípedes", acrescida do apelo para que esta estatística não seja alterada.

O presidente do IMT, Eduardo Feio, referiu-se à aposta neste projeto junto das instituições de Ensino Superior, apontando "a bicicleta como um instrumento muito importante para pequenas deslocações" e salientando a importância de encarar "a mobilidade numa perspetiva multimodal".

Para o responsável, este projeto "é também uma forma muito importante de animar as cidades".



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