Ex-presidente da Concelhia do CDS-PP de Torre de Moncorvo responde por crime de abuso sexual de uma jovem de quatorze anos e pode incorrer numa pena que vai até aos dez anos de prisão.

 

Começou hoje à porta fechada no Tribunal de Bragança o julgamento de um homem acusado por abuso sexual de menor. Carlos Paçó, que exerceu as funções de presidente da concelhia do CDS de Torre de Moncorvo, garante que se limitou a responder a um pedido de ajuda, negando as acusações de violação que lhe são imputadas.

Segundo a acusação, num caso que remonta a abril de 2012, a suposta vítima de 14 anos costumava acompanhar o pai nas suas idas a um café da vila de Moncorvo, sendo o mesmo, também, frequentado pelo arguido. A tese sustentada pelo Ministério Público é a de que o homem terá aproveitado o relacionamento que tinha com o pai para se aproximar da filha. Beneficiando desse tipo de relacionamento ocasional, o ex-dirigente do CDS-PP começou por tentar ganhar a confiança da jovem. Durante vários meses, quer o arguido, quer a “alegada” vítima, trocaram 999 mensagens por telemóvel.

De acordo com a acusação, ao longo de quatro meses, o ex-político enviou 360 mensagens à jovem, tendo recebido quase o dobro por parte dela. O homem de 47 anos terá começado, depois, por convidar a menina para sair, mas as suas tentativa revelaram-se infrutíferas, uma vez que foram sempre rejeitadas. No entanto, a jovem acabaria, mais tarde, por ceder face à insistência do arguido. Ao que parece, combinaram um dia em que Carlos Paçó iria à escola por ela. Já no carro, o ex-político dirigiu-se para sua casa, onde reside sozinho desde o divórcio.

Terá sido aí que, supostamente, e contra a vontade da jovem, o homem terá mantido relações sexuais com a menor. Apesar de ter negado as acusações e de garantir que se limitou a responder a um pedido de ajuda, o ex-dirigente partidário foi pronunciado por um crime de abuso sexual de criança, incorrendo numa pena que pode ir até aos dez anos de prisão. 



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