A tomada de posse da direcção do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, com a recondução como presidente de Jorge Monteiro, marcada para hoje à tarde, está a levantar polémica.

A direcção da Casa do Douro (CD) e o vice-presidente do Conselho Interprofissional, em representação da Produção, tornaram público um comunicado no qual acusam a nomeação feita pelo Ministro da Agricultura, Jaime Silva, de \"estar ferida de ilegalidade, uma vez que ao contrário daquilo que dizem a lei anterior e a actual, não ter sido ouvida a Produção\". Segundo o JN apurou, a direcção da instituição duriense terá mesmo solicitado a Jaime Silva \"o adiamento da tomada de posse para que o Ministério possa cumprir aquilo que a lei estipula\".

O director da Casa do Douro, Manuel António Santos, garante mesmo que os órgãos da CD estão \"a ponderar uma queixa nos tribunais\". Aquele responsável diz ter tomado \"conhecimento da nomeação pelos jornais\", e questiona \"Que credibilidade podemos dar a tudo isto, quando cozinham a nova lei orgânica nas nossas costas e um ministro desrespeita uma lei promovida pelo seu Ministério no próprio dia em que ela entra em vigor? A lei diz que temos de ser ouvidos, e a legalidade tem de ser reposta, até para dar autoridade formal aos empossados\".

A direcção da CD considera que \"a nova lei prejudica o interprofissionalismo e entrega o poder todo a um único cidadão, que já provou nem sempre assumir as suas responsabilidades e estar equidistante das profissões como se lhe impunha, pouco se sabendo do que se passa no Porto em Gaia (Comércio), enquanto no que toca à Produção tudo se analisa ao ínfimo pormenor.

O JN tentou ouvir Jaime Silva, mas sem sucesso.



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