A ponte entre Outeiro Seco e Vila Verde da Raia vai ser alvo de obras de consolidação dentro de algum tempo. Esta decisão surgiu depois de, a pedido da Câmara Municipal de Chaves, um técnico especialista nesta área, actualmente a trabalhar em Lisboa, mas que tem origens em Chaves, ter feito uma vistoria \"informal\" ao local.

Ao que o Semanário TRANSMONTANO conseguiu apurar junto da Câmara, o técnico em causa, Mário Veloso - responsável pelo projecto da Ponte Nova - concluiu que a cedência da travessia não está \"iminente\" nos próximos quatro a cinco anos. Mas admitiu que, com o passar do tempo, os \"problemas\" que hoje apresenta se podem agravar, tornando-se uma ligação \"perigosa\".

As \"deficiências\" detectadas pelo técnico situam-se ao nível do tabuleiro da ponte, mais precisamente na junta de dilatação, onde, na altura da construção, foi colocada uma borracha que, entretanto, já desapareceu.

Para resolver esta falha, Mário Veloso propÎs a construção de quatro pilares junto dos \"pontos críticos\" detectados, cujo projecto o técnico se disponibilizou inclusivamente a elaborar gratuitamente. E pelo qual a autarquia flaviense aguarda agora para pÎr a obra a andar.

Esta primeira intervenção na ponte, que deverá custar entre 15 a 20 mil euros, não deverá pÎr de parte uma segunda intervenção \"mais profunda\".

Os pilares e as fundações da travessia também foram alvo da análise do técnico, mas nestes dois componentes da ponte não foram encontradas quaisquer deficiências.

Industriais

violam sinais

O trânsito de camiões com uma tonelagem igual ou superior a 5,5 toneladas na ponte entre Outeiro Seco e Vila Verde da Raia é proibido, como, aliás, lembram os sinais de trânsito colocados no local. No entanto, a verdade é que, indiferentes à sinalização, todos os dias passam na travessia vários camiões carregados. Uma situação que a Câmara conhece e à qual está a tentar pÎr cobro. A autarquia começou por colocar de novo os sinais de trânsito, que mais que uma vez apareceram partidos, e outras vezes pintados. Mas porque esta hipótese não se mostrou eficaz para travar a passagem dos camiões, a Câmara notificou recentemente todos os industriais das imediações, informando-os precisamente da proibição de passagem naquele local de veículos com a referida tonelagem. Desta forma, caso sejam surpreendidos a transpor a ponte pelas autoridades, os empresários não poderão alegar que o sinal não existe ou está irreconhecível e serão obrigados a pagar a multa correspondente.



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