O presidente da Câmara de Mirandela concretizou a promessa de encetar uma série de acções de protesto contra os constantes rumores da eventual saída de serviços do concelho e do distrito, nomeadamente a sede da Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, as maternidades, a esquadra da PSP, escolas do 1. º Ciclo e tribunais.

Ontem, José Silvano colocou dois \"outdoors\" de grandes dimensões no IP4, próximo de Mirandela onde se lê \"Aqui termina o Portugal da igualdade de oportunidades. Bem vindos a uma zona de desertificação. Próxima saída a 70 quilómetros, Espanha\". Mais à frente, outro cartaz avisa que se está a entrar numa zona desertificada e com serviços em extinção.

Sobre a ausência dos restantes autarcas do distrito na conferência de Imprensa, José Silvano esclareceu que, \"depois da reunião da Assembleia Distrital da semana passada, ficou acordado entre todos que os assuntos problemáticos que sejam transversais ao distrito vão ter uma posição concertada em comunicado, assinado pelos doze autarcas, a ser divulgado na próxima semana.\"

Também a manifestação marcada para o dia 27 deste mês fica, para já, adiada, mas Silvano garante que \"haverá uma mega-manifestação distrital, convocada pelos 12 autarcas sobre as problemáticas da agricultura, tribunais e saúde, que afectam todos os concelhos e, ainda, uma outra específica para Mirandela se for decidido encerrar a maternidade ou a PSP\".

José Silvano também entende que não está a precipitar-se. A sua posição, diz, \"é atempada porque é preciso tomar medidas antes de se consumar o pior cenário\".

O autarca sublinhou, ainda, que nestas críticas e reivindicações \"nenhum partido que passou pelo Governo está isento de responsabilidades.\" Por isso, acrescenta, \"esta não é uma luta entre PS ou PSD e os seus governos, mas aprender com o passado, reconhecendo os erros cometidos e preparando o futuro sem medo, na defesa do concelho e da região\".

Se o Governo der sinais de uma resposta a favor da discriminação positiva para a região, José Silvano garante que será o primeiro a sugerir a substituição dos cartazes de protesto por outros de agradecimento ao Poder Central.



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