A primeira base aérea transfronteiriça entre Portugal e Espanha vai ficar em Verín, no lado espanhol, e permitir o combate aos incêndios florestais na fronteira, num investimento de nove milhões de euros, anunciou hoje a Junta da Galiza.
Esta base aérea localizada na fronteira com Chaves, distrito de Vila Real, terá capacidade para acolher diferentes tipos de aeronaves especializadas, sublinhou a Junta da Galiza, em comunicado.
“Esta instalação localizar-se-á em Verín [Espanha] e permitirá dar uma melhor e maior resposta ao risco de incêndio numa ampla área nos dois lados da fronteira”, referiu.
Na cerimónia de apresentação deste projeto, denominado Interlumes, que decorreu hoje em Verín, o vice-presidente da Junta da Galiza, Alfonso Ruedas, afirmou, citado na nota de imprensa, que o fogo “não conhece fronteiras”.
Para Alfonso Ruedas, os incêndios que nos últimos anos “castigaram” uma área que tem tantos espaços protegidos obrigam a “posições conjuntas”, que agora se materializam nesta base aérea.
Já o conselheiro do Meio Rural da Junta da Galiza, José González, salientou que esta base aérea transfronteiriça vai permitir o aumento da eficácia na luta contra os incêndios que se registam na fronteira entre os dois países.
“Esta instalação aumentará a resiliência do território transfronteiriço, reforçará a capacidade operativa da resposta e permitirá identificar, antecipadamente, as zonas de risco e uma ação conjunta”, frisou, citado no comunicado.
O projeto Interlumes foi aprovado a 25 de março no âmbito do programa de cooperação Interreg V-A Espanha-Portugal (POCTEP), realçou a Junta da Galiza.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) tem este projeto elencado no seu plano de atividades de 2021.
No resumo deste projeto, a ANEPC explicou que este assenta na defesa contra incêndio florestais na fronteira entre Portugal e Espanha por forma a potenciar as infraestruturas de apoio à utilização de meios aéreos.