Economista-chefe da OCDE está preocupado com os fluxos de emigração em Portugal e com a perda de capital humano que lhe está associada.
Os fluxos de emigração e a consequente perda de capital humano é um dos desafios que Portugal tem de enfrentar com determinação, defendeu esta terça-feira Pier Carlo Padoan, economista-chefe da OCDE, à margem de uma conferência em Lisboa promovida pelo Banco de Portugal onde analisou a situação económica internacional.
A «perda de cérebros» é “um dos desafios que Portugal tem de enfrentar no longo prazo”, pois o País "pode aumentar a sua capacidade de inovação”, mas “isso implica ter mais capital humano e capital humano mais forte”, avisou o responsável da OCDE, considerando que “mais precisa de ser feito para encorajar [os trabalhadores] a ficar no país ou a regressar caso tenham emigrado”, continuou.
Nesse sentido, são importantes a aposta na formação, educação e inovação defendeu o responsável do think tank público internacional, sem entrar em detalhes.
Pier Carlo Padoan estará durante a tarde no Parlamento para apresentar e debater com os deputados o relatório da instituição sobre a reforma do Estado em Portugal publicado antes do Verão.