Um emigrante português na África do Sul assassinou sexta-feira a sua ex-mulher e a nora, matando- se de seguida, devido a uma disputa relacionada com direitos de propriedade, disse hoje à Lusa uma fonte policial.

O drama familiar ocorreu ao princípio da noite de sexta-feira última num subúrbio de Pretória e teve hoje destaque na imprensa sul- africana.

O autor dos disparos, Francisco Carreira, era natural da Maloeira, Ilha da Madeira, e residia há largos anos na África do Sul, tendo igualmente vivido na Namíbia e no Zimbabué.

Uma fonte policial disse à agência Lusa que o drama parece ter- se desenrolado quando Maria Firmina, ex-mulher de Francisco Carreira, de quem se tinha divorciado há muitos anos, viajou de Pietermaritzburg até Pretória com o objectivo de recolher alguns pertences que se encontravam na casa do ex-marido.

Um filho da vítima, José Carreira, que acompanhou a mãe a Pretória, terá ficado no exterior da casa enquanto a mãe e a esposa entraram na residência depois de o ex-marido lhes ter aberto a porta.

De acordo com o capitão Piletjie Sebola, porta-voz da polícia na capital sul-africana, Francisco Carreira terá corrido para o exterior da casa de pistola em punho para confrontar o seu filho José.

No entanto, relatou a mesma fonte, quando José Carreira sacou da sua própria arma para se defender o seu pai regressou ao interior da casa, onde se encontravam as duas mulheres, trancando a porta e matando-as a tiro.

Depois de atingir na cabeça a ex-mulher e a nora, o assassino suicidou-se com a mesma arma de fogo.

A nora, Elia, estava ainda viva quando os paramédicos acorreram ao local, mas acabaria por sucumbir aos ferimentos de bala antes de dar entrada no hospital.

Segundo a mesma fonte, Maria Firmina andaria há vários anos a tentar que o ex-marido abandonasse a casa onde este vivia, por considerar ter direitos sobre a propriedade, que, aliás, estava registada em seu nome.

Terá sido esta exigência que levou Francisco Carreira a cometer os crimes, revelou à Lusa a fonte policial.



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