O Consulado-Geral de Portugal está a funcionar melhor há dois meses. As filas intermináveis são mais curtas, o atendimento é mais rápido, a organização melhorou. Quem o diz são alguns portugueses que o CORREIO entrevistou. O melhoramento do atendimento dos serviços consulares resultou da sua reestruturação e de uma gestão melhorada dos seus recursos humanos, apesar da equipa administrativa ter sido amputada de dois trabalhadores cujos contratos a prazo não foram renovados pelo governo português (ler CORREIO 181). O investimento directo do governo português na reestruturação consular foi de 25 mil euros.
“Criámos espaço dentro do espaço”, disse o cônsul-geral, durante a apresentação oficial das instalações consulares reestruturadas que teve lugar na quinta-
-feira passada, na presença de membros do corpo diplomático, de alguns responsáveis do meio associativo e da comunicação social.
Na impossibilidade de mudar para um local maior, em razão das medidas de contenção orçamentais do governo português, Miguel Faria de Carvalho conseguiu tornar o serviço de atendimento do consulado mais satisfatório através da reestruturação dos serviços num espaço mais alargado já que o departamento de ensino de português foi transferido para a Embaixada.
O Consulado-Geral de Portugal passou a dispor de duas áreas distintas de atendimento: o rés-
-do-chão para os actos recorrentes e o primeiro andar para os casos mais morosos e complexos, com marcação prévia. Há ainda duas salas de espera, uma no rés--do-chão, outra no primeiro andar.
Segundo Miguel Faria de Carvalho, o investimento directo do governo português na reestruturação consular foi de 25 mil euros, não estando incluídos os gastos feitos com a equipa de informatização que esteve a trabalhar no Consulado durante uma semana e o material que veio de Lisboa.
Passaportes
à última da hora…
“Não acabaram as filas no consulado, nem estamos imunes a períodos de congestionamento, mas as pessoas esperam menos tempo e por isso temos sido agradavelmente surpreendidos com a reacção do público que tem sido bastante favorável” (ler entrevistas), salientou Miguel Faria de Carvalho.
Na mesma ocasião o vice-cônsul fez um apelo aos portugueses para que estes evitem tratar sempre dos documentos de identificação e de viagem antes das férias. “Se as pessoas se habituassem a não vir cá à última da hora e tratassem, por exemplo, do passaporte antes dos meses que precedem as férias de Verão deixaria de haver grandes congestionamentos em Julho, mas alguns já vão mudando os seus hábitos, o que já é um bom princípio”, referiu António Martins Antunes.
O período mais crítico para o consulado continuará a ser o mês de Janeiro, enquanto o sistema militar for compulsivo, referiu ainda Miguel Faria de Carvalho.
Para as marcações prévias o número de telefone disponível é: 45 33 47 1. A partir de Janeiro de 2003 as marcações deverão ser feitas às 2ª, 3ª e 4ª feiras, durante a tarde.



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