O potencial dos sítios arqueológicos para o turismo está em destaque durante dois dias, em Mirandela, com exemplos que vão dos lagares rupestres ao Côa e visitas para dar a conhecer o que existe no território transmontano.

As possibilidades que esta área oferece são o foco das Jornadas de Turismo Arqueológico, que decorrem sexta-feira e sábado nesta cidade do distrito de Bragança, numa iniciativa da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo do Instituto Politécnico de Bragança (EsACT-IPB) e do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória.

O evento foi pensado para acompanhar as Jornadas Europeias de Arqueológica e promover conhecimento sobre a temática, tendo em conta que a escola tem curso dedicados ao turismo, como explicou à Lusa a diretora, Sónia Nogueira.

As jornadas e visitas são abertas a toda a comunidade, segundo disse, e envolvem 17 apresentações de trabalhos e uma exposição permanente com 14 posters.

“O nosso objetivo é despertar a reflexão crítica em volta das possibilidades que o nosso território tem como potencial motor do desenvolvimento económico e atratividade para outras pessoas”, concretizou.

O evento assume-se também como forma de mostrar, sobretudo aos estudantes, que existe esta “potencialidade no território vasta em que se pode trabalhar estas áreas de investigação e de ensino”.

No primeiro dia das jornadas serão apresentados exemplos como as gravuras rupestres do Vale do Côa, as escarpas da Serra de Passos/Santa Comba de Mirandela ou os lagares rupestres do noroeste português.

Serão ainda abordadas as novas fronteiras do turismo arqueológico, o contributo de algumas ações, como a Carta do Património Municipal de Penafiel, a valorização e divulgação dos sítios arqueológicos ou a intervenção da direção regional de cultura do Norte.

“Estou em crer que serão umas jornadas ricas quer em termos de transmissão de conhecimento, como também do conhecimento daquilo que o território tem e apresenta”, considerou a diretora da escola.

A responsável considerou ainda que a academia não pode deixar de incluir estas temáticas em contexto de sala de aulas, mas também promover estas iniciativas para que haja transmissão de conhecimento e difusão daquilo que existe no território.

Sónia Nogueira salientou ainda a articulação entre a escola e as várias entidades patente, não só nas que estão envolvidas nas jornadas, mas também nas que procuram a academia para desenvolver projetos e investigação.

foto: DR



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