Uma empresa de Basileia precisa de quase uma centena de operários de construção civil, para começar a trabalhar em abril.
Este ano passam 60 anos (foi em 1959) desde a chegada à Suíça dos primeiros emigrantes transmontanos, a grande maioria para construção, mas também para hotéis e empresas de limpeza.
Desde então, centenas de milhares de pessoas passaram, ou ainda estão lá, em um de seus 26 cantões. Um relacionamento tão intenso que fica vivo. E continuará, porque as empresas ainda exigem mão-de-obra de Portugal.
Um exemplo é a empresa que contrata pessoal temporário, Bautech Personal AG, sediada em Basel, que lançou uma iniciativa para contratar entre 50 e 100 trabalhadores da construção civil para começar a trabalhar a partir de abril. Na cidade suíça, perto de Alemanha de um lado e França, do outro, há grande atividade nas obras e precisam de bons trabalhadores: pedreiros, cofradores, maquinistas, operadores de gruas, etc.
Os interessados devem enviar seu currículo por e-mail para [email protected] ou entrar em contacto com Nardi Gonçalves através do telefone 0041615601919. Até final de março, haverá entrevistas com candidatos em Montalegre.
Procedimentos resolvidos
Nardi Gonçalves, que faz parte da empresa que conhece bem Trás-os-Montes e, acima de tudo, Montalegre, ficará encarregue de os fazer. Ele próprio é filho de emigrantes transmontanos, e sabe que a grande maioria dos trabalhadores da construção civil da Confederação Helvética vem historicamente dessa região, embora obviamente também do resto do país e da Galícia. Os interessados e selecionados terão relativamente facilidade nos primeiros três meses, já que a empresa arranjará acomodação e cuidará de todos os trâmites legais. Se eles se estabelecerem e quiserem ficar, cada um irá procurar a vida, como sempre aconteceu. Também não haverá problemas com o idioma, porque nas obras é fácil entenderem-se, há muitos trabalhadores galegos, mas também italianos ou portugueses.
Quanto aos salários, Nardi Goncalves ressalta que os selecionados começarão com o básico e, se valerem e gostarem, pouco a pouco os vencimentos serão aumentados. Na Suíça eles não são baixos, pelo contrário, estão entre os mais altos do mundo na construção, mas o custo de vida é também uma das mais caras.
Neste país, não ter um emprego é quase uma questão anedótica. Existem cantões em que a taxa de desemprego é inferior a 1%. Genebra tem o maior número de desempregados na Suíça, 4,4%.