A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) lançou hoje a quinta edição do Prémio Arquitetura do Douro, cujo vencedor será conhecido em abril, que distingue e promove boas práticas de arquitetura no Património Mundial.
A quinta edição deste concurso bienal, implementado há 10 anos, foi apresentada hoje na vila duriense do Pinhão, concelho de Alijó.
"Desde o primeiro momento que as intervenções arquitetónicas a concurso são uma excelente amostra que, no Alto Douro Vinhateiro, a proteção da paisagem não significa ter o território numa redoma ou vitrina, que não se pode tocar nem viver. Estamos sim num território vivo e evolutivo, que sabe tirar proveito das suas características para se promover", afirmou Ricardo Magalhães, vice-presidente da CCDRN.
O responsável destacou que, por trás das intervenções arquitetónicas que têm sido promovidas nos últimos anos, há "empresas e empreendedores com investimentos perfeitamente enquadráveis com a classificação de Património Mundial".
E sublinhou que é prioritário "apostar na divulgação de boas práticas que contribuem para a afirmação do Alto Douro Vinhateiro".
"Estamos numa região Património Mundial que tem sabido evoluir e tem sabido respeitar os seus valores fundamentais. São 15 anos de Alto Douro Vinhateiro Património Mundial e são 10 anos de Prémio Arquitetura do Douro. Tempo suficiente para nos orgulharmos do caminho que este território tem percorrido", frisou.
O prazo de candidaturas decorre até 31 de janeiro, sendo o vencedor conhecido a 18 de abril, Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.
A edição dos 10 anos conta com a parceria com Ordem dos Arquitetos -- Secção Regional do Norte, Direção Regional de Cultura do Norte e Entidade Regional de Turismo Porto e Norte.
Cláudia Costa, diretora da Ordem dos Arquitetos do Norte, disse que este concurso é "uma referência fundamental para a história da arquitetura da Região Demarcada do Douro" e frisou que "permite agregar a qualidade da arquitetura e a eficácia dos serviços prestados".
Trata-se de um concurso bienal que procura distinguir e promover boas práticas do exercício da arquitetura realizadas na região após a inscrição do Alto Douro Vinhateiro na Lista do Património Mundial da UNESCO, a14 de dezembro de 2001.
A iniciativa lançada pela CCDR-N dirige-se a intervenções de construção, conservação ou reabilitação de edifícios ou conjuntos arquitetónicos, bem como intervenções de desenho urbano em espaço público, feitos depois da classificação.
A última edição deste prémio, correspondente aos anos 2013/2014, foi ganha pelo Museu do Côa, dos arquitetos Camilo Rebelo e Tiago Pimentel.
Em 2011, o galardão foi atribuído ao armazém de envelhecimento de vinho desenhado por Siza Vieira para a Quinta do Portal e instalado entre as vinhas da paisagem classificada pela UNESCO.
Lusa