Os vencedores da primeira edição do Prémio Vinha Douro, que homenageia as boas práticas agrícolas e os vitivinicultores durienses, vão ser revelados a 14 de dezembro, em Mesão Frio, foi hoje anunciado.
A distinção vai ser entregue no dia em que se assinalam os 22 anos da classificação do Douro como Património Mundial da Humanidade e no decorrer do evento “Douro: Caminhos do Conhecimento”.
Fonte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte) disse à agência Lusa que há nove vinhas candidatas ao Prémio Vinha Douro.
Trata-se uma iniciativa da CCDR-N, através da Missão Douro, que tem uma periodicidade bienal e já foi anunciada no âmbito dos 20 anos da classificação do Alto Douro Vinhateiro Património Mundial, na Lista do Património Mundial da UNESCO, na categoria de Paisagem Cultural, Evolutiva e Viva.
O objetivo desta distinção é o de “promover boas práticas agrícolas e ambientais nas vinhas do Douro e de homenagear os vitivinicultores durienses”.
A CCDR-N especificou, em comunicado, que o prémio pretende “distinguir e promover as boas práticas nas intervenções em vinhas, elegendo o equilíbrio e a harmonia entre as soluções técnicas de inovação e modernização dos sistemas de cultivo e as medidas de preservação e salvaguarda de materiais e práticas tradicionais”.
A iniciativa é feita em parceria com as direções regionais de Cultura e de Agricultura e Pescas do Norte, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, a Liga dos Amigos do Douro Património Mundial, a Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense e Associação dos Viticultores Profissionais do Douro.
A CCDR-N referiu ainda que o evento “Douro: Caminhos do Conhecimento”, que decorre em Mesão Frio, distrito de Vila Real, pretende ser “um exercício de reflexão prospetivo” e tem “como objetivo consolidar os ensinamentos do passado para melhor cimentar a projeção do presente e do futuro na região”.
“Fazendo uma retrospetiva do caminho percorrido nas últimas décadas, após a inscrição do Alto Douro Vinhateiro no património mundial, é inevitável inferir que o Douro que temos hoje é uma região diferente da que conhecemos no passado, com progressos notáveis em todos os domínios da vida social, com uma visibilidade e notoriedade reforçadas no panorama mundial e com um papel preponderante na estratégia de desenvolvimento regional do Norte”, salientou a Comissão.
E é no contexto “deste balanço global, que é positivo, mas reconhecendo os desafios que se avizinham num quadro desafiante para a evolução de Portugal e do Norte na conjuntura europeia que, segundo a CCDR-N, surge o evento “Douro: Caminhos do Conhecimento”.
Foto: José Sousa