O presidente da Câmara de Alijó, Carlos Magalhães, decretou hoje o Estado de Emergência Municipal por causa do incêndio que lavra no Concelho desde a madrugada de domingo e que se mantém com três frentes ativas.
A Comissão Municipal da Proteção Civil esteve reunida esta noite no posto de comando instalado na Chã e, no final, o autarca anunciou que o Plano de Emergência Municipal foi ativado.
Carlos Magalhães referiu que esta decisão já foi comunicada à ministra da Administração Interna.
"A partir de agora temos outras possibilidades, bem como outras obrigações. Entre todos os elementos que integram esta comissão vamos estar disponíveis para, dentro das nossas capacidades de intervenção, reunirmos sectorialmente para acudirmos às populações", salientou.
O presidente disse esperar "tudo da tutela", "mais apoios" e "mais meios no terreno".
"O dia a seguir ao incêndio preocupa, e julgo que, com esta ativação, podem-se verificar alguns apoios diferentes que não se verificariam se não ativássemos o plano. Estou a falar financeiramente, logicamente", referiu.
O autarca disse ainda não ser possível "fazer balanços" das consequências desde até porque, referiu, "a cada cinco minutos arde mais um hectare".
Segundo um balanço feito esta noite pelo comandante distrital de operações de socorro, Álvaro Ribeiro, no combate às chamas, estão 561 operacionais e 162 veículos de bombeiros.O fogo avança em duas frente, uma na zona de Carlão e Franzilhal e outra em direção à zona de Vilar de Maçada.
Segundo este responsável, durante as próximas horas vão chegar ao terreno mais quatro grupos de reforço de bombeiros e mais dois pelotões com um total de 40 militares.
Uma fonte dos bombeiros disse ainda que uma viatura de combate da corporação de Alijó foi atingida parcialmente pelas chamas, não provocando muitos danos no veículo, que continua a circular, e provocando ferimentos ligeiros no braço de um operacional.