O presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Vila Real, Fernando Queiroga, foi hoje reeleito e quer colocar o foco na preparação das eleições autárquicas e legislativas e alertar para problemas que afetam a saúde no distrito.
O também presidente da Câmara de Boticas foi reeleito para um terceiro e último mandato à frente da distrital laranja com 848 votos dos 912 votantes (1.556 inscritos), tendo-se verificado ainda 41 votos em branco e 23 nulos.
À agência Lusa, o autarca disse que o foco para este mandato vai estar na preparação das próximas eleições.
“Nomeadamente uma boa preparação para as eleições autárquicas, uma vez que há três municípios em que os seus presidentes, por limitação de mandatos, vão sair. Portanto, é com tempo que temos que fazer as coisas e o foco vai estar aí”, especificou.
A distrital de Vila Real também quer contribuir com a sua ação política no terreno para que o presidente do PSD, Luís Montenegro, “seja primeiro-ministro nas próximas eleições, quando as houver”.
“E isso será feito com uma ação de proximidade com as pessoas e de chamar a atenção para os problemas que afetam o distrito, nomeadamente na questão da saúde”, afirmou.
Designadamente, apontou, “as horas e horas de espera nas urgências nos hospitais de Vila Real e Chaves e a falta de médicos e de enfermeiros que existe no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), que fazem com que as consultas sejam muito demoradas”.
Fernando Queiroga criticou ainda o Plano Ferroviário Nacional, apresentado na quinta-feira, considerando que “são meras intenções” e que “nem um plano é”.
No documento está incluída uma nova linha ferroviária entre o Porto, Vila Real e Bragança.
“Falta informação concreta de corredores, prazos, orçamento e falta incluir a região do Alto Tâmega, que está a meia hora do TGV na Galiza. Também fazemos parte do mesmo país”, afirmou.
Outra preocupação está relacionada com os fundos comunitários porque, segundo o presidente, “mais uma vez este Governo está a esquecer a dita coesão territorial, mesmo na distribuição de verbas, vão ser menos verbas para este distrito”.
“Iremos estar atentos a isso, iremos fazer uma ação também de oposição a este Governo que tão mal tem governado o país”, frisou.
Depois, destacou, é "também incompreensível" que o Centro Distrital de Segurança Social de Vila Real esteja sem diretor há meses e numa altura em que estão a ser delegadas competências da área social para as autarquias e "é preciso um interlocutor na Segurança Social".
“Esta maioria do eu quero, posso e mando reflete-se também aqui, não estão preocupados com os problemas do nosso distrito”, sublinhou.
Fernando Queiroga mostrou-se ainda satisfeito por haver uma “união, não uma unanimidade, dentro do partido” e isso, frisou, “refletiu-se em haver apenas uma lista candidata” às eleições que decorreram este sábado.