O presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas disse nesta-sexta-feira, em Amarante, que a serra do Marão é "um diamante que não pode ser descurado", destacando o seu potencial ambiental e económico.
"A serra do Marão constitui um diamante que não pode ser descurado por ninguém, porque nela se desenvolvem actividades ligadas ao sector primário que permitirão ainda que algumas populações continuem a permanecer nessas áreas", afirmou Rogério Rodrigues.
O responsável do ICNF falava depois de ter participado, em Amarante, na abertura das comemorações dos 100 anos do Regime Florestal da Serra do Marão, um diploma legal que instituiu vastas áreas de territórios baldios.
Rogério Rodrigues destacou a riqueza ambiental da serra, nomeadamente a floresta, a pastorícia e os rios, frisando que, em grande medida, o que hoje existe de melhor decorre do modelo que foi criado a partir de 1916, com uma forte aposta na conservação, protecção e produção florestal. Essas apostas, acrescentou, traduziram-se também "em importantes benefícios sociais e culturais, porque trouxeram o desenvolvimento da actividade económica".
O presidente da Câmara de Amarante destacou ter chegado a altura de, "uma vez por todas", trabalhar "uma estratégia em rede" para o desenvolvimento da serra, envolvendo o município, a administração central, os baldios e as juntas de freguesia, entre outras entidades. Para José Luís Gaspar, a prioridade é a reflorestação da serra, acompanhada de outras acções de valorização ambiental, económica e turística que sejam "geradoras de valor" para quem lá vive ou trabalha.
"O Marão é um diamante em bruto. Quando começar a ser lapidado, seguramente vai ter um valor incalculável", reforçou, apelando ao trabalho conjunto de todos os interessados no desenvolvimento da serra.
Ao longo de 2017, acrescentou, vão decorrer várias atividades para assinalar o centenário do regime florestal, incluindo plantação de árvores em espaços simbólicos, debates, tertúlias, lançamento de livros e exposições.
Lusa