O presidente da Câmara de Murça, Mário Artur Lopes, recandidata-se a um segundo mandato pelo PSD e elege como prioridades a economia, melhor qualidade de vida para os mais velhos e oportunidades para os mais novos.
“Para mim é a síntese de tudo”, afirmou o autarca, que se recandidata pelo PSD a um segundo mandato à frente da autarquia do distrito de Vila Real.
“Importante”, para Mário Artur Lopes, “é a valorização da economia e o apoio a uma parte da população significativa e que tem uma condição de maior dificuldade, nomeadamente as pessoas com idade avançada”.
E cumprindo estes dois objetivos, envolvendo as instituições locais, outros empresários fazendo a descentralização com as juntas de freguesia, o presidente considera que é possível ajudar a estancar a “sangria” demográfica.
Também este concelho viu a população diminuir nos resultados preliminares dos Censos 2021, passando para os 5.249 residentes, menos 11,8% do que em 2011 (5.952).
“Não basta entrar mais gente do que a que sai para contrariar essa quebra populacional. Eu acho que tínhamos que criar aqui mecanismos de promoção de maior natalidade, tem que ser um desígnio nacional. Não pode depender da visão subjetiva do autarca do momento”, defendeu.
Mário Artur Lopes referiu que, no próximo mandato, o “maior investimento” que levará a cabo será a nível das acessibilidades e da requalificação das estradas que estão degradadas, uma área para a qual disse não há perspetiva de haver fundos comunitários.
“Mais importante do que fazer novas vias é a manutenção das existentes, por questões de segurança e de atratividade de investimento para a área turística e outras”, frisou.
Numa altura em que estão em curso várias obras, como a requalificação da Escola Básica e Secundária de Murça (3,2 milhões de euros), a construção de um interface de transportes rodoviários ou o centro interpretativo de homenagem ao soldado Milhões, herói da Primeira Guerra Mundial, o autarca diz que a “aposta no futuro” passa pela sustentabilidade ambiental e pelo equilíbrio na agricultura, para não haver tendência para a massificação só da vinha, um das principais culturas do concelho.
O candidato quer reaproveitar os edifícios das antigas escolas primárias e as casas florestais e defende que o turismo é “mais uma área de valorização endógena”.
“Penso que é preciso, acima de tudo, valorizar aquilo que está na base da nossa economia e que tem a ver com vinha, o olival, os soutos, ou seja, aquilo que nós temos, a nossa identidade e a base de tudo isto”, sublinhou.
Pelo que foi feito nestes quatro anos e pelo futuro, Mário Artur Lopes diz-se motivado a “continuar nesta missão de servir e valorizar a qualidade de vida daqueles que vivem, investem e gostam de murça”, apontando ainda o “papel importando dos emigrantes”.
Com 54 anos e licenciado em economia, o candidato fez parte do executivo municipal eleito pelo PS em 2001. Seis anos depois foi para a adega de Murça e, em 2017, foi convidado a encabeçar a lista pelo PSD.
Em 2017, o PSD conquistou três mandatos na Câmara de Murça e o PS dois.
Para as eleições autárquicas de 26 de setembro estão inscritos 6.368 eleitores no concelho onde concorrem ainda Paula Cruz pelo PS, Mário Jorge Oliveira pelo CDS-PP e Carlos Araújo pela CDU. A candidatura do Chega, que seria liderada por Álvaro Portugal, foi rejeitada pelo tribunal por não terem sido supridas irregularidades.