O presidente da Câmara de Mirandela apresentou ao Governo uma proposta para garantir a construção de instalações definitivas para a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTGM), que funciona em instalações provisórias há 12 anos.
Um empréstimo bancário, a pagar em 20 anos, e a suportar pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB), do qual depende a ESTGM, e pela própria autarquia, foi a sugestão apresentada pelo autarca local. O Ministério da Ciência e Ensino Superior já tem conhecimento desta proposta, mas ainda não deu resposta.
Recorde-se que o IPB espera há muitos anos por uma verba inscrita no Orçamento do Estado para financiar as obras, que até já tinha sido prometida pelo anterior Governo de coligação PSD/CDS/PP. Com esta solução, José Silvano acredita que a ESTGM poderia ocupar um espaço próprio dentro de um ano e meio. O pagamento do empréstimo seria dividido por 20 anos e, mensalmente, as duas instituições pagariam o correspondente à amortização do investimento.
Segundo o autarca, esta proposta é vantajosa para o IPB, porque o valor a suportar pelo empréstimo seria igual ao que, actualmente, já paga à Portugal Telecom pelo aluguer das instalações que a escola ocupa, ou seja, cinco mil euros mensais, com os restantes 2500 euros, necessários para amortizar o investimento, a serem assegurados pelo Município.
Além de garantir instalações definitivas, com esta proposta Silvano pretende que o Governo assuma o compromisso de manter a escola em Mirandela, pelo menos durante os próximos 20 anos, período que durará o empréstimo.
No entanto, Sobrinho Teixeira, presidente do IPB, diz que essa manutenção também está dependente da própria instituição, tendo em conta que \"a escola só pode continuar se tiver um conjunto de alunos assinalável e um corpo docente acreditado\", sublinhou este responsável.
A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Mirandela começou como pólo do IPB em 1995, apenas com 70 alunos, utilizando as instalações provisórias do centro cultural com algumas adaptações, cedidas pela Câmara, mas ao longo dos anos começaram a ser exíguas e mais salas foram disponibilizadas pela autarquia.
Passou a escola autónoma em 1999, mas a constante reivindicação de instalações definitivas foi sempre adiada porque não havia dotação de verbas em PIDDAC, apesar da Câmara ter disponibilizado o terreno.