O Tribunal de Vila Real decretou hoje a prisão preventiva para um dos dois militares da GNR detidos pela suspeita de tráfico de droga, enquanto o outro fica obrigado a apresentações periódicas no comando distrital desta força policial.
Uma investigação do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Vila Real levou à detenção de quatro homens suspeitos de tráfico de droga, entre eles dois militares da GNR que prestam serviço no Posto Territorial de Peso da Régua.
Os detidos foram hoje presentes ao juiz do Tribunal de Vila Real que aplicou a um dos militares, de 34 anos e residente em Vila Real, a medida de coação mais grave, a prisão preventiva, pela suspeita do crime de tráfico de estupefacientes.
O outro militar, de 26 anos e natural de Vila Pouca de Aguiar, está indiciado por um crime de tráfico de menor gravidade de substâncias estupefacientes e terá que se apresentar duas vezes por semana nas instalações do Comando Distrital de Vila Real da GNR.
Um terceiro arguido do processo, um civil residente em Aveiro, vai também ficar a aguardar julgamento em prisão preventiva e foi indiciado pelo crime de tráfico de droga.
O quarto arguido, também residente em Aveiro, ficou sujeito a apresentações periódicas, junto do órgão de polícia criminal da área de residência, com uma periodicidade de três vezes por semana, e está indiciado por um crime de tráfico de menor gravidade.
Todos os detidos ficam proibidos de contatos com os demais arguidos e testemunhas no processo.
Os detidos possuem idades compreendidas entre os 24 e os 35 anos.
A investigação a este caso de tráfico de droga, que culminou agora com as quatro detenções, começou em 2017 e foi delegada pelo Ministério Público à própria GNR
Inicialmente as diligências tinham como alvo os arguidos civis e os militares da GNR terão sido apanhados nas escutas telefónicas.
Na segunda-feira, os elementos do NIC, realizaram quatro buscas domiciliárias nos concelhos de Vila Real, Vila Pouca de Aguiar e Aveiro.
Na sequência das buscas foram aprendidos 265 gramas de folhas de canábis, 236 gramas de cocaína, 104 gramas de haxixe, 29 gramas de metanfetaminas, cinco gramas de cogumelos alucinogénios e nove selos de LSD.
O guarda de 34 anos, que agora fica em prisão preventiva, já foi alvo de um processo de dispensa de serviço que está para decisão do Ministério da Administração Interna há cerca de um ano e que poderá levar à sua expulsão desta força policial.
Na base deste processo está um mau comportamento reiterado do militar, em situações relacionadas com furto e tráfico.