O Tribunal de Vila Real decretou a prisão preventiva para quatro dos 12 detidos pela GNR no âmbito de uma operação de combate ao tráfico de droga, disse hoje fonte policial.
A fonte acrescentou que os restantes oito detidos ficaram sujeitos a apresentações periódicas nos postos policiais das áreas de residência.
A operação foi desencadeada pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Vila Real e culminou na quarta-feira com a detenção de seis homens e seis mulheres, com idades compreendidas entre os 21 e os 47 anos, suspeitos pelo crime de tráfico de estupefacientes.
Os detidos foram ouvidos entre quinta e sexta-feira, dias em que à porta do tribunal judicial, no centro da cidade de Vila Real, foi montado um forte aparato policial, que incluiu elementos da Unidade Especial de Polícia.
A prisão preventiva, a medida de coação mais grave, foi aplicada a quatro homens, entre eles o dirigente da Associação Nacional e Social de Etnia Cigana (ANSEC), que foi recentemente criada em Vila Real para promover o acesso ao emprego e à inclusão social.
O Comando Territorial de Vila Real explicou, em comunicado, que no âmbito da investigação, que decorria desde novembro, os militares deram cumprimento a 12 mandados de detenção, tendo ainda realizado 22 buscas, 10 domiciliárias e 12 em viaturas, nas freguesias de Mateus, Parada de Cunhos e Mouçós, no concelho de Vila Real, e em Vila Pouca de Aguiar.
No decorrer da operação foram apreendidas 427 doses de cocaína e 157 doses de heroína, bem como ainda duas pistolas, um punhal, 63 munições de vários calibres, mais de sete mil euros em dinheiro, vários artigos em ouro (pulseiras, cordões, libras, brincos, anéis e alianças), nove telemóveis e quatro viaturas.
A operação envolveu 73 operacionais, 63 militares da GNR de várias valências e comandos territoriais e ainda 10 agentes da PSP.
A ação contou ainda com o apoio da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Vila Real.
Foto:DR