A qualidade do azeite transmontano poderá ser reconhecida em breve com mais uma Denominação de Origem Protegida (DOP), que completará a certificação de qualidade de toda a área de uma das produções regionais que mais dinheiro movimenta.

A Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro está a preparar o processo de certificação da produção de azeite da zona do Douro com a marca DOP atribuída pela União Europeia.

Segundo disse hoje à Lusa, o presidente António Branco, o caderno de encargos ficar pronto ainda este ano e depois dependerá apenas da decisão da União Europeia.

O DOP-Douro completará a certificação da área da reprodução de azeite transmontano que já foi distinguida com o DOP- Trás-os-Montes, que abrange apenas parte da região.

De acordo com António Branco, as duas regiões de qualidade representarão 88 embaladores com mais de 30 azeites DOP e um passo importante na valorização desta produção que movimento 27 milhões de euros por ano.

O azeite é, segundo aquele responsável, a produção com maior peso na economia transmontana a seguir ao vinho e a sua qualidade tem sido reconhecida e distinguida além fronteiras com prémios internacionais e alguns azeites colocados entre os melhores do mundo.

Trás-os-Montes tem mais de 36 mil olivicultores com 80 mil hectares de olival que produzem uma média anual de 90 milhões de quilos de azeitona.

António Branco garante que este número devia ser superior e chegar aos 120 milhões de quilos não fossem os prejuízos causados nos últimos anos por intempéries, nomeadamente as geadas de 2007 que queimaram milhares de árvores.

A última campanha rendeu apenas 75 milhões de quilos, \"afectada, primeiro pela seca e depois pelas chuvadas de 2009 e alguns produtores começam a ter problemas em termos de sustentabilidade\", alertou o presidente da associação.

As quebras, garantiu, não têm afectado a qualidade nem a disponibilidade do azeite para os mercados da certificação, porém os olivicultores queixam-se de falta de apoios para minimizarem prejuízos nos olivais e para a valorização do seu produto.

Segundo disse, alguns deste olivicultores ainda estão à espera das ajudas prometidas pelo Governo para fazer face aos prejuízos das geadas de 2007.

\"Era importante que o Governo diferenciasse a produção de qualidade da de granel e definisse uma orientação nacional estratégica para os azeites de qualidade\", defendeu.

Um quarto do azeite transmontano é exportado para Espanha, outro quarto embalado e vendido no mercado nacional e metade é escoado a granel, segundo dados da associação.



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