Professores portugueses querem promoção da língua nos EUA e Canadá
Os professores de língua portuguesa a leccionar nos Estados Unidos e Canadá reivindicaram sexta-feira do Governo português o empenhamento para que a disciplina passe a constar do currículo do ensino regular nos EUA e Canadá.
Diniz Borges, coordenador-geral do XI Encontro de Professores de Português
nos EUA e Canadá, justificou esta proposta pelo facto de o Francês ser uma língua de estudo em decréscimo nos EUA, devendo o português aproveitar a possibilidade de ser alternativa.
Falando em Angra do Heroísmo na abertura dos trabalhos, Diniz Borges defendeu a nomeação “urgente” de um coordenador consular da língua portuguesa e a manutenção das escolas comunitárias - nos EUA e no Canadá - nas regiões onde não exista ensino integrado.
É imperioso criar uma verdadeira política para a manutenção destes estabelecimentos, sedeados em associações, clubes e paróquias, fornecendo apoio aos professores e em livros para os estabelecimentos de ensino, defendeu o coordenador-geral do encontro.
Diniz Borges preconiza, tendo em conta “as metamorfoses da sociedade mundial”, a implementação, com imaginação, “de meios e programas que salvaguardem a língua portuguesa em todo o mundo”.
Por seu turno, Mafalda Ferreira da Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Apoio às Comunidades Portuguesas, do Ministério dos Negócios Estrangeiros, garantiu que “o ensino da língua portuguesa no estrangeiro é uma preocupação das autoridades nacionais”.
Mafalda Ferreira sustentou que “não restam dúvidas de que o ensino da língua portuguesa nas comunidades espalhadas pelo mundo é fundamental para manter vivos os laços com Portugal”.
Os cerca de centena e meia de participantes no encontro vão debater ao longo de dois dias os problemas que se colocam aos alunos plurilingues, a aprendizagem de uma língua estrangeira por tarefas, cidadania e biculturalismo, projectos escolares e história de Portugal.