O Governo lançou em Vila Pouca de Aguiar, um programa piloto que visa a criação de 20 agrupamentos de baldios (AdB), em 15 áreas prioritárias, e que envolve um investimento de 3,6 milhões de euros.
O primeiro-ministro, António Costa, referiu que este programa vai permitir dar novas condições aos baldios para um melhor aproveitamento desta área florestal e é um contributo para prevenir os incêndios florestais.
Os baldios são, segundo o primeiro-ministro, uma realidade que "não podia ser ignorada" e este programa vai ajudar a criar "melhores condições para o aproveitamento de um bem (florestas) que é de todos".
Miguel Freitas, secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, afirmou que a "grande prioridade" dos agrupamentos é "melhorar a gestão dos baldios" e dar "escala".
O objetivo é, continuou, a profissionalização da gestão dos baldios e pretende-se envolver, para além do Estado e os conselhos diretivos de baldios, ainda as empresas e as autarquias.
O governante explicou que vão ser criados 20 agrupamentos de baldios em 15 áreas prioritárias, ou seja, identificadas com elevada perigosidade de incêndios. "E por isso é preciso gerir melhor", frisou Miguel Freitas.
Os agrupamentos resultam da associação de baldios e pretende-se o estabelecimento de um modelo de economia de escala.
"A floresta precisa de melhor e boa informação, apoiar o cadastro e o inventário e os planos de paisagem (planos intermunicipais)", acrescentou o secretário de Estado.
Pretende-se desenvolver um modelo de gestão conjunta das áreas florestais, permitindo uma coordenação das ações de prevenção estrutural contra incêndios nas vertentes de sensibilização, planeamento, organização do território florestal, silvicultura e infraestruturação.
Em Vila Pouca de Aguiar, decorreu a assinatura dos contratos-programa para a constituição dos agrupamentos de baldios, entre o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), em representação do Estado, a Federação Nacional dos Baldios (Baladi) e a Associação Florestal de Portugal (Forestis).
O investimento de 3,6 milhões de euros, que será aplicado em três anos, é assegurado pelo Fundo Florestal Permanente e a medida insere-se no contexto da Reforma da Floresta.