No Alto Tâmega, são quatro as empresas que vão receber apoio do programa REDE. Mais uma iniciativa financiada pela Comunidade Europeia, gerida pela Associação Empresarial do Alto Tâmega (Acisat), que pretende apoiar o crescimento e a competitividade de pequenas e médias empresas. As firmas seleccionadas - Consurema, consumíveis para escritório e papelaria Lda; Joaquim Baptista e Filhos Lda; a Sociedade de Mármores, Central Transmontana e Soteli, Sociedade de Telecomunicações e Electricidade Lda, têm todas sede em Chaves.

Basicamente, estas quatro empresas poderão contar com o apoio de um consultor-formador - dois dias por semana - que os ajudará a elaborar um diagnóstico da sua situação financeira e uma análise estratégica, ou seja, uma determinação concreta dos pontos fracos e dos pontos fortes da empresa, bem como das ameaças e das vantagens que possuem no mercado em que se encontram inseridas. Posto isto, o especialista ajudará ainda os empresários a pÎr em prática um plano de acção, que visa precisamente o crescimento das actividades daquelas pequenas indústrias, tentando, por um lado, eliminar os seus pontos fracos e, por outro, explorar os seus pontos fortes.

Por sua vez, as empresas escolhidas terão de contratar um estagiário, licenciado ou bacharel. O objectivo é que, findo o período do programa, fique nas referidas empresas, apesar de isso não ser obrigatório. O pagamento do funcionário contratado será comparticipado pelo Centro de Emprego. Segundo o consutor/formador, pelo menos três estagiários terão de vir de fora, pois, no Centro de Emprego de Chaves não estão inscritos profissionais nas áreas de formação pretendidas.

Escolhas

"fundamentadas"

Durante a cerimónia de assinatura de contratos entre a Acisat e os quatro empresários, que decorreu na passada segunda-feira, nas instalações da associação, em Chaves, e como que para dissipar quaisquer dúvidas sobre a escolha destas quatro empresas, o presidente da associação empresarial, João Rua, revelou alguns pormenores do processo de selecção. Isto é, que ela foi feita a partir de uma base de dados, onde está incluída a totalidade dos seus associados, ou seja, cerca de mil empresas. No entanto, dessas mil só 150 foram contactadas, por escrito, no sentido de conhecer aquelas que estariam ou não interessadas no programa. Desses contactos, 43 firmas mostraram interesse. Porém, numa nova triagem, a Acisat só contactou 11. Nessa fase, o contacto foi personalizado e já entrou em cena o consultor formador, o empresário flaviense António Luís Morais, que irá acompanhar as quatro empresas. Feitas as entrevistas só restaram seis e depois de mais uma selecção e, por "razões justificadas", frisou João Rua, ficaram então as quatro empresas finalistas.

O presidente da Câmara de Chaves, João Baptista, que assistiu ao encerramento da cerimónia, deixou uma mensagem de "esperança" aos empresários, aludindo a um conjunto de condições que contribuirão para o crescimento económico da cidade de Chaves. O autarca referia-se, particularmente, ao mercado abastecedor, que "já tem financiamento garantido", ao parque empresarial e ao IP3, cuja data de conclusão prevista (2005) João Baptista acredita que será antecipada.



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