A intenção de proceder a uma remodelação do projecto do futuro centro cultural já tinha sido, aliás, anunciada pelo próprio presidente da Câmara, por altura da primeira Assembleia Municipal. "O que estava a concurso não era um centro cultural", justificou António Cabeleira, para dizer que da forma que estava concebido o projecto, havia riscos de aquela estrutura se tornar apenas um "lugar de passagem". E "um centro cultural deve ser um local para viver a cultura", frisou o vereador, para concluir que também era "esquisito" um centro cultural sem um auditório. Auditório esse que vai agora ser projectado e que deverá ser utilizado para espectáculos de "média dimensão" e, ao mesmo tempo, deverá ser utilizado como palco de ensaios para os vários grupos de arte.
As alterações que estão a ser introduzidas pelo PSD vão também permitir que a Universidade Sénior do Autodidacta Flaviense (USAF) venha a ser ali instalada. Pelo "importante" papel que desempenha ao "ocupar aqueles que já trabalharam, mas que agora estão desocupados", António Cabeleira entende que a USAF merece ser "acarinhada com particular atenção". Além de que, refere ainda o vereador, "irá fazer com que o centro cultural tenha uma ocupação efectiva".
As modificações dos sociais-democratas vão ainda acabar com o espaço que, no projecto dos socialistas, estava reservado para instalar algumas sedes de associações. Isto porque, como explicou o vereador, com as associações ali instaladas, o centro teria que ficar sempre aberto. "Não podíamos impedir os responsáveis pelas associações de irem às respectivas sedes à hora que entendessem", explicou.
Ainda segundo António Cabeleira, estas sedes poderão vir a ser instaladas na actual divisão do Meio Ambiente.
O edifício que no projecto do PS estava destinado a transformar-se num museu do comboio também vai ser alvo de alterações.
E o Espaço Internet, que actualmente funciona numa loja perto do Mercado Municipal, também deverá passar para o interior do futuro Centro Cultural.
