O Projeto de Apoio Domiciliário à Demência (PADD), da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro, Bragança, que tenta evitar a institucionalização dos doentes e quer investir num programa de geolocalização destas pessoas, venceu o Prémio Maria José Nogueira Pinto.
“O PADD tem como objetivo o diagnóstico, acompanhamento e monitorização dos vários casos de demência sinalizados para adiar a institucionalização dos doentes na região”, lê-se num comunicado sobre a 7.ª edição do Prémio Maria José Nogueira Pinto, em Responsabilidade Social, que tem um valor de 10 mil euros e é hoje entregue em Lisboa.
A Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro pretende usar o prémio “apostando em dispositivos inovadores de geolocalização para pessoas com demência”.
“O recurso a esta tecnologia permite oferecer independência, autonomia e segurança aos doentes, reduzindo o risco de fuga e de desaparecimento associados a períodos de confusão mental e comprometimento cognitivo, característicos da doença”, explica o documento.
“Para ajudar a controlar o elevado número de casos no município de Mogadouro, a Santa Casa da Misericórdia lançou o PADD, garantindo o acompanhamento gratuito a todos os utentes e retardando a sua institucionalização. O PADD conta com o apoio de uma equipa multidisciplinar - neurologistas, enfermeiros, psicólogos clínicos e profissionais de animação sociocultural - para implementar atividades que garantem a saúde e bem-estar do doente, e prestar cuidados médicos especializados”, adianta ainda o comunicado sobre o projeto vencedor.
O prémio, atribuído por uma farmacêutica, pretende homenagear Maria José Nogueira Pinto, que para além da atividade política e parlamentar foi também provedora da Santa Casa da Misericórdia.
Este ano concorreram 107 projetos e nos últimos seis anos recebeu mais de 550 candidaturas, tendo distinguido 25 projetos em diversas áreas e de diferentes pontos do país.
Para além do prémio no valor de 10 mil euros, são ainda distinguidos outros quatro projetos com menções honrosas, que valem, cada uma, mil euros, em áreas como o apoio domiciliário a recém-nascidos em risco social, recuperação e reinserção de toxicodependentes, apoio a pessoas com doença mental e incapacidade física e promoção de emprego ligado à agricultura biológica.