Num verdadeiro exemplo de descentralização, o Museu do Douro vai ter oito núcleos espalhados pela região demarcada, para potenciar iniciativas dispersas e promover a itinerância. A abertura do equipamento está marcada para Dezembro deste ano.

O Museu do Douro, cuja inauguração está prevista para Dezembro de 2008, em Peso da Régua, vai possuir oito núcleos museológicos espalhados pela Região Demarcada do Douro, disse o director da estrutura. A abertura desta unidade museológica, criada em 1997 na sequência de uma lei aprovada por unanimidade na Assembleia da República, está prevista para 14 de Dezembro.

A obra tem «obrigatoriamente» que ficar concluída durante este ano para que não se perca o financiamento comunitário.

Segundo o director, Maia Pinto, o Museu do Douro vai apresentar amanhã uma candidatura global, no valor de 300 mil euros, para a elaboração de um estudo de concepção e implantação de pólos desta estrutura.

O responsável referiu que, numa primeira fase, está prevista a criação de oito núcleos museológicos que ficarão espalhados pela Região Demarcada do Douro.
Segundo Maia Pinto, serão criados os núcleos do Pão e do Vinho (em Favaios), da Amêndoa (em Vila Nova de Foz CÎa), do Arrais e da Cereja (em Resende), do Vinho (em S. João da Pesqueira), da Seda (em Freixo de Espada à Cinta), do Somagre (Vila Nova de Foz CÎa), de Barqueiros (Mesão Frio) e o Museu do Imaginário (em Tabuaço).

Estes núcleos terão uma programação integrada com o Museu do Douro, de forma a potenciar iniciativas dispersas e estimular a itinerância de exposições e outras acções culturais. Maia Pinto frisou que o museu tem de ser de «toda a região do Douro e não apenas da Régua» e referiu que a «ponte» entre os diferentes concelhos poderá ser feita através de núcleos museológicos.

De acordo com o responsável, a calendarização das obras de construção do Museu do Douro está a ser «cumprida», prevendo-se que as obras estejam concluídas em Junho.

A construção da sede do Museu do Douro foi adjudicada à empresa João Fernandes da Silva e vai dispor de 7,5 milhões de euros - cinco milhões de euros para a obra física e 2,5 milhões de euros para a aquisição de equipamentos. Os custos do projecto serão repartidos entre o Programa Operacional da Cultura (POC) e o Programa Operacional do Norte.

A sede desta unidade museológica ocupa a Casa da Companhia, edifício adquirido à Real Companhia Velha por 1,7 milhões de euros. Maia Pinto referiu que, para além da componente museológica, o futuro museu vai ainda apostar na animação e restauração, com um restaurante e café-concerto com piano. A grande área de exposições ficará localizada no pátio que separa a ala norte da ala sul do antigo edifício, terá 10,7 metros de altura e uma estrutura de vidro para permitir a entrada de luz natural.
Terá ainda um passadiço de madeira, suspenso a cerca de 4,5 metros de altura, com três metros de largura, que permitirá a ligação com os pisos superiores do edifício.

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A saber...
Valências do museu

A sede deste equipamento cultural contará também com biblioteca, arquivo, área para o serviço educativo do Museu do Douro e alas de apoio técnico, nomeadamente sanitários e arrumos.

O Museu do Douro, que se encontra provisoriamente instalado num espaço de exposições do Antigo Armazém 43 cedido pelo Instituto do Vinho do Porto, é gerido pela Fundação do Museu do Douro. Também na Régua, vai ser recuperado o degradado edifício do Teatrinho da Régua, que servirá de complemento à sede do museu.

A candidatura ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) vai ser apresentado em conjunto pelo Museu do Douro, Câmara do Peso da Régua, Museu do Douro e Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).



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