As forças policiais presentes no local não inibiram os proprietários que impediram uma vez mais a entrada das máquinas numa parcela de terreno no lugar das Areias, freguesia de Mondrões, concelho de Vila Real, onde está instalada uma oficina de automóveis pertencente a Camilo Teixeira.
O proprietário alega "irregularidades" no processo de expropriação e divergências sobre a delimitação das áreas a expropriar.
"A planta aprovada pelo secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e publicada em Diário da República, a 12 de Agosto de 2000, difere em cerca de quatro metros quadrados da planta apresentada posteriormente pelo ICOR", declarou Camilo Teixeira.
O proprietário questiona a "utilidade pública da construção de uma estrada com 12 metros, que vai custar centenas de milhar de contos" e que, no seu entender, "apenas vai beneficiar um particular".
No local já existe um pequeno caminho, que segundo o filho, António Teixeira, foi "ignorado na elaboração das plantas para justificar a construção de uma nova estrada".
Os proprietários garantem que se a quantidade de terreno a expropriar não for revista, as máquinas não entram.
"O ICOR precisa de cumprir o que foi legalmente aprovado para entrar no nosso terreno", frisou António Teixeira, garantindo que não haverá oposição à decisão do tribunal.
Hélder Moura, engenheiro do ICOR, declarou que o instituto tomou posse administrativa do terreno em Outubro de 2000, acrescentando que as "obras para a beneficiação do nó e construção de uma estrada ainda não tiveram início porque o proprietário não deixa os empreiteiros entrar no terreno".
O mesmo responsável explicou que "o ICOR pretende desnivelar o nó de acesso ao IP4, um local muito propício a acidentes, e restabelecer um caminho para uma área industrial, que vai servir várias empresas, e cujo acesso ao IP4 ajudará a desenvolver toda a zona".
Hélder Moura salientou que "não houve alteração de plantas, mas existe uma divergência na interpretação da mesma e um desentendimento quanto à leitura das escalas em que o projecto é apresentado".
O processo de indemnização da expropriação do terreno está entregue ao Tribunal da Comarca de Vila Real há mais de seis anos.



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