O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil de Bragança, Francisco Guimarães, defendeu hoje o controlo sanitário na fronteira com Espanha para deteção de possíveis casos de covid-19 que sejam "importados" de outros países europeus.
"Não queremos que as fronteiras sejam fechadas, mas antes que haja um controlo sanitário para quem entra e sai em Portugal, para a deteção de possíveis infeções provocadas pelo novo coronavírus. Esta, de resto é uma pretensão dos 12 concelhos do distrito de Bragança que integram a comissão", indicou aquele responsável.
Segundo o responsável, os números apresentados pelas entidades espanholas começam a ser uma preocupação do lado português e a Comissão Distrital de Proteção Civil de Bragança deixou a garantia de que está atenta.
"A Espanha está com uma média de infetados muito alta, o que está a preocupar toda a nossa região e o país e poderemos sofrer com esse aumento de casos", observou Francisco Guimarães.
Neste sentido foi deliberado pela Comissão Distrital de Proteção Civil de Bragança, a reativação dos centros covid-19 naqueles concelhos onde foram "encerrados".
"Esta medida serve para dar resposta a eventuais surtos que surjam e assim podermos responder às solicitações nesta matéria", vincou o também autarca de Mogadouro, que é um concelho fronteiriço.
O responsável pela Proteção Civil no Distrito de Bragança recomendou que todos os cidadãos deste território que foram para países estrangeiros como Espanha ou França, para trabalhos sazonais como a apanha da maçã ou vindimas, ao entrarem em Portugal tenham cuidados profiláticos.
"Peçam ajuda os municípios, médicos de família e outras entidades para serem testados e não estejam em contacto com a comunidade sem primeiro perceberem se estão ou não infetados", observou Francisco Guimarães.
O responsável mostrou-se ciente de que a Unidade de Saúde Publica (USP) do distrito de Bragança está aberta a ajudar a resolver a este tipo de situações.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (42.445 mortos, mais de 530 mil casos), seguindo-se Itália (36.030 mortos, mais de 330 mil casos), França (32.299 mortos, mais de 624 mil casos) e Espanha (32.486 mortos, mais de 825 mil casos).
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