A autarquia brigantina formalizou a semana passada a “entrega” de 175 mil euros à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da cidade e de 50 mil euros à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da única vila do concelho, Izeda.

 

As Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários de Bragança e Izeda celebraram a semana passada dois protocolos com a autarquia da capital nordestina.   

Anualmente, o Município de Bragança apoia os Bombeiros Voluntários do concelho com mais de 310 mil euros. Sendo que, parte dessa verba, foi atribuída no âmbito de protocolos que foram celebrados a 6 de março e que formalizam a “entrega” de 175 mil euros à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Bragança e de 50 mil euros à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Izeda.

Este foi, sem dúvida, “um contributo importante”. Classificado, assim, por ambos os presidentes das associações humanitárias do concelho transmontano, sobretudo, no que refere aos pagamentos de salários.

No entanto, para “além deste apoio financeiro, o Município de Bragança suporta as despesas com o pagamento dos seguros de viaturas e dos próprios bombeiros, bem como o financiamento das duas Equipas de Intervenção Permanente, ligadas às duas corporações”, sublinhou o autarca brigantino, no final da cerimónia protocolar. Hernâni Dias referiu, ainda, que “o município de Bragança será um exemplo a nível nacional no que ao apoio aos bombeiros voluntários diz respeito”, advogando que existe “um número muito reduzido de municípios que apoiam os bombeiros voluntários como faz o de Bragança”.

Só a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Bragança, que conta, atualmente, com cerca de 44 profissionais e 40 voluntários ao serviço, tem encargos anuais na ordem dos 2,2 milhões de euros. “Se não fosse este apoio era muito mais difícil conseguir suportar os encargos, principalmente com pessoal”, admitiu o presidente da associação, que aproveitou para esclarecer que “toda a gente associa muito os bombeiros aos incêndios, mas de facto é oito a dez por cento da nossa atividade”. Rui Correia acrescentou, ainda, que o transporte de doentes é a principal atividade da corporação de Bragança que acorre a solicitações desde a neve, a inundações ou limpeza de estradas.

Já a principal preocupação do presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Izeda mantém-se refletida nos atrasos constantes dos pagamentos do Estado e a escassez de verbas para fazer face a todos os encargos.

A ajuda da Câmara "assegura a existência da corporação", garante João Lima, que conta com um orçamento anual de 550 mil euros, resultante, quase na totalidade, de receitas que envolvem o transporte de doentes.

“O problema é que o Estado demora a pagar quatro, cinco meses, o que obriga a que a associação atrase pagamentos a fornecedores, nomeadamente de combustível e manutenção de viaturas”, argumentou o principal responsável pela corporação da única vila do concelho de Bragança, defendendo que as transferências anuais do Estado deviam “ser o dobro ou o triplo” e que este é um problema que se arrasta há mais de uma década.

Recorde-se que a Câmara Municipal de Bragança atribui, só em apoios diretos, mediante a celebração de protocolos, mais de meio milhão de euros a coletividades de diferentes áreas e setores do Concelho de Bragança.

 



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