Segundo as contas dos socialistas, em 2003 o Governo vai investir menos 25 por cento no concelho de Chaves do que este ano. A constatação do PS foi feita a partir da análise do PIDDAC para 2003 e foi apresentada à comunicação social na passada terça-feira. Na opinião do presidente da Concelhia Política do PS, Altamiro Claro, o plano de investimentos do Governo do próximo ano \"contradiz a promessa de discriminação positiva para Trás-os-Montes, feita por Durão Barroso durante a campanha eleitoral\". Isto porque, diz o ex-presidente da Câmara, \"pura e simplesmente elimina o pólo de Chaves da UTAD\", bem como \"é igualmente eliminada a variante entre a Estrada Nacional 103 e a EN 213, desde a Adega Cooperativa de Chaves até à estrada de Valpaços\".
Altamiro Claro denuncia ainda que algumas dotações do PIDDAC \"correspondem a obras já executadas em anos anteriores, mas que ainda não foram pagas aos empreiteiros\". A título de exemplo, o ex-presidente citou as Igrejas de Nossa Senhora da Azinheira, em Outeiro Seco, e a de Santa Leocádia, bem como o centro de bem estar social em Santo Estêvão.
Por tudo isto, Altamiro Claro concluiu que o plano de investimentos do Estado para 2003 \"é altamente lesivo para o desenvolvimento do concelho de Chaves\", \"que revela a falta de peso político de Chaves como centro polarizador do Alto Tâmega\", \"adia investimentos já conquistados pela anterior autarquia\", bem como \"põe a nu a falta de capacidade reivindicativa do presidente da Câmara de Chaves\", João Batista. \"Chaves está de cócoras perante o poder central\", remata o ex-presidente.